O escritor, historiador, pesquisador e membro da Academia Pindamonhangabense de Letras, Dr. Francisco Piorino Filho, concluiu mais um livro sobre outro filho ilustre de Pindamonhangaba. Desta vez, Piorino conta um pouco da história do Dr. Pedro Leão Velloso Neto, pouco conhecido dos pindamonhangabenses, mas com grande feito histórico, não só para a cidade, mas para o Brasil.
Nascido em Pindamonhangaba, no dia 13 de janeiro de 1887, e diplomado pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, Leão Velloso ingressou na diplomacia como auxiliar do Tribunal Arbitral Brasileiro – Peruano.
No Ministério das Relações Exteriores, atuou em vários países em cargos distintos. Depois de várias atuações fora do país, voltou ao Brasil em 1926, no início do governo de Washington Luis, e assumiu a chefia de gabinete do Ministério das Relações Exteriores.
Em 1929, foi promovido a ministro-residente e designado para servir em Pequim. Depois de mais algumas atuações no exterior, retornou novamente ao Brasil em 1942. Um mês antes do Brasil declarar guerra às potências do Eixo, Leão Velloso passou a ocupar o cargo de secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores.
Em abril de 1945, chefiou a representação brasileira que foi à Conferência de São Francisco, nos Estados Unidos, onde foi aprovada a criação da ONU (Organização das Nações Unidas). Velloso tornou-se o primeiro brasileiro neste importante órgão mundial.
Um dos maiores feitos do embaixador, foi abrir e presidir, a 1ª Assembléia Geral da ONU. A honraria foi dada ao Brasil por ser o país, a única nação latino-americana a participar concretamente da Segunda Guerra Mundial. Desde então, todas Assembleias da ONU, são instaladas e abertas sob a presidência de um representante do Brasil.
Velloso continuou como ministro interino no Governo Vargas e depois foi efetivado no cargo, no governo provisório de José Linhares, ficando até o início do governo de Eurico Dutra.
Em janeiro de 1946, visitou Pindamonhangaba, onde foi recepcionado pelas autoridades que prestaram diveras homenagens ao filho ilustre que retornava, uma vez mais, à sua terra natal. Ainda em 946, foi nomeado representante do Brasil no Conselho de Segurança da ONU, esta que foi uma das suas últimas grandes ‘façanhas’.
Veloso faleceu em 16 de janeiro de 1947, em Nova York, vítima de um derrame cerebral, deixando uma importante contribuição para o país ao longo de toda a sua brilhante carreira.
“O Dr. Leão Velloso é mais um grande pindamonhangabense muito pouco conhecido. Teve grandes atuações no país e fora dele e abriu a 1ª Assembleia da ONU. Merece ser mais lembrado e conhecido por todos, pois fez um grande trabalho em prol, não só de Pindamonhangaba, mas de todo o Brasil”, destaca o autor do livro, Francisco Piorino.
O lançamento da nova obra deverá acontecer, provavelmente, na sede da OAB-Pindamonhangaba, logo após as eleições municipais, mas os interessados já podem adquirir o livro, que está à venda no Supermercado Excelsior.
OUTRAS OBRAS DO AUTOR
Os Pindamonhangabenses da Guarda de Honra do Príncipe Dom Pedro (1989); Fatos em Crônicas (1989); Juó Bananéri – O Baolista de Pindamonhangaba (1992); II Jogos Regionais do Litoral (1996); 100 Anos – Centenário do Monsenhor João José de Azevedo (1998); Biografias (2001); Dom José Marcondes Homem de Mello – Arcebispo – Bispo de São Carlos (2008); O Grande Amigos das Árvores – João Pedro Cardoso (2009); Eloy Chaves (2010), Algumas Lembranças – crônicas (2011); Fatos em Fotos – De Pindamonhangaba Antiga; José Monteiro França (2015) e agora o livro “Dr. Pedro Leão Velloso Neto” (2016).
