Em 21 de agosto de 1989, morre o cantor e compositor baiano Raul Seixas, considerado um dos maiores músicos do Brasil e pioneiro do rock nacional.
Ele se autodenominava “Maluco Beleza” e teve cinco esposas. O abuso da bebida lhe rendeu uma pancreatite aguda e foi a causa de sua morte.
O alcoolismo não impediu que ele lançasse um novo estilo musical. Raul fundiu o rock com todos os ritmos brasileiros e criou a nova “identidade” musical que mesclava o frenético rock com gêneros que iam do xote ao baião.
“Pai do Rock Brasileiro”, “Maluco Beleza” ou “Raulzito” – como era e ainda é carinhosamente chamado pela comunidade artística e pelos fãs –, lançou mais de 20 discos, em 26 anos de carreira.
Por todos os recantos do Brasil, em grandes e pequenos espetáculos, em luaus, rodinhas de violão, bares e casas de show… Raulzito virou uma mania nacional.
E sempre, no meio do povão, tem alguém gritando: Toca Rauuuuuuuuuuul.
Raul Seixas, de fato, inspirou gerações. O músico Zeca Baleiro, por exemplo, chegou a compor uma música falando das inúmeras vezes que o público pediu para que ele tocasse Raul.
De natureza inquieta o “Maluco Beleza” dizia estar sempre em transformação. E suas músicas revelaram ao mundo sua real natureza.
Um ano antes de morrer, em 1988, Raul compôs, gravou e excursionou com o também baiano Marcelo Nova, vocalista da banda punk Camisa de Vênus.
Aos 44 anos, o “Maluco Beleza” lançou seu último LP – A Panela do Diabo –, dois dias antes de ser encontrado morto, em seu quarto. Depois de “sair de cena”, Raulzito passou a ser ainda mais venerado e seus trabalhos póstumos foram todos sucessos de vendas.