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Professor Balthazar e o amor por sua terra natal

O poeta e educador Balthazar de Godoy Moreira. (Foto: Reprodução)

O poeta e educador Balthazar de Godoy Moreira, nascido em Pindamonhangaba em 13 de janeiro de 1898, é considerado pela quase unanimidade dos filhos de Pindamonhangaba como o poeta maior que esta terra já teve. Além de seu indiscutível talento, tal foi o apego e amor ao torrão natal, que escreveu um soneto para praticamente todos os logradouros e locais mais significativos de sua querida “Princesa do Norte”.

O livro chamado “Roteiro de Pindamonhangaba”, com data de 10 de julho de 1960, traz vinte e um sonetos: Dedicatória, Pindamonhangaba (único soneto que consigo falar de cor), Bandeira de Minha Terra, Matriz de Pindamonhangaba, Jardim da Cascata, Casa do Fogo, Velho Bosque, Paço Municipal, Grupo Escolar, Fausto, Água do Tabaú, Ginásio, Velho Solar, Obelisco, Fonte da Galega, Sobrados, Chafariz, Igreja de São José (onde estão sepultados os integrantes da Guarda Imperial de D. Pedro quando do Grito do Ipiranga), O Paraíba, Capela do Socorro e Campo Santo.

Pindamonhangaba sempre teve um vasto contingente de grandes poetas e nos dias atuais não é diferente. O que noto de diferente é que os poetas atuais já não cantam a terra natal conforme o faziam nossos poetas de outrora, liderados por Mestre Balthazar. Preferem cantar o amor homem/mulher, o amor familiar, o amor aos animais, à natureza… Todos muito dignos de serem cantados mas… os versos dedicados a Pindamonhangaba quase nunca vejo na mídia.

· Bem, mas não estou aqui para cutucar ninguém, até porque eu mesmo estou incluído nesta leva de distraídos autores. A finalidade é exaltar esse nome gigante da nossa poesia. Em minhas tardes de caminhada, passando por uma das ruas do Residencial Lessa, com muito orgulho leio na placa: “Rua Poeta Balthazar de Godoy Moreira”. E vem-me à mente, então, o único soneto que consegui memorizar até hoje. E o digo baixinho (seguindo à risca o termo utilizado pelo autor), com toda a emoção que meu coração pindamonhangabense é capaz de traduzir:

PINDAMONHANGABA
Esta é a cidade que meu sonho encerra,
como uma sombra evocadora e mansa,
por estas ruas e arrabaldes erra
minha mais doce, mais feliz lembrança.

Meu olhar namorado não se cansa
de vê-la: a igreja, os casarões, a serra…
e o Paraíba que aos seus pés remansa
quando eu digo baixinho: Minha Terra!

Ela é o cantinho que eu mais quero bem;
o meu lar, meu abrigo, minha taba.
Sei que outras terras mais progresso têm
e que mais ricas muitas outras são;
mas uma apenas – Pindamonhangaba,
cabe inteirinha no meu coração!

Prof. Balthazar faleceu em 14 de janeiro de 1969, aos 71 anos.

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