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Festival de Teatro Estudantil de Pinda recebe grupo da capital

O Grupo, formado por alunos dos três anos do Ensino Médio, é repleto de diferenças que acabam se somando quando se trata de teatro. (Foto: Divulgação/PMP)

Em sua 20ª edição, o FESTIL, Festival de Teatro Estudantil de Pindamonhangaba, busca promover intercâmbio cultural e encontros de projetos estudantis de todo país.

São 11 dias com cronogramas variados e na sexta-feira, 6 de outubro, o FESTIL recebe um grupo paulistano para apresentar sua peça “DNA”, inspirada na obra de Dennis Kelly.

A montagem do Grupo de Teatro da Escola da Vila traz uma execução inovadora com três elencos que se apresentam simultaneamente, concedendo à plateia a possibilidade de decidir (a qualquer momento) qual elenco seguir, reforçando a ideia de que não importa os rostos dos atores, podemos esbarrar com comportamentos de violência em qualquer esquina.

Realizar a peça com três elencos, totalizando em trinta e três atores em cena, é uma escolha de direção que acentua os dilemas morais enraizados na nossa sociedade. “DNA” é uma peça sobre adolescentes, feita por adolescentes, para adolescentes. Ou seja, trata-se de um diálogo direto com um público em formação: jovens que vivem uma crise ética e que, em um futuro breve, terão de se responsabilizar pelas decisões políticas do nosso país.

Nessa adaptação, o ritmo entrecortado das falas próximas do universo jovem é mantido, assim como as tensões, os focos e os (poucos) silêncios. Essas são as bases da construção deste thriller que incomoda e surpreende, abordando temas importantes sobre dolescência de uma maneira dinâmica, cômica e impactante. São personagens comuns, vivendo nos dias de hoje, conversando sobre algo que poderia ter acontecido na nossa escola, no nosso bairro.

Somos aficionados por violência. Aprendemos na escola. A história do mundo é ensinada a partir da história das guerras. As religiões foram fundadas ensinando aos jovens histórias de violência para atingir a paz.

As séries de TV, os games, os heróis, os blockbusters explodem sangue na nossa cara. “DNA” é uma fábula possível sobre jovens que dominam a violência e testam os seus limites. Jovens comuns, que a partir de uma narrativa de bullying extrapolam seus comportamentos para um universo obscuro. Inspirado no clássico “Os Demônios” de Dostoievski, “DNA” mostra que para ser mau não há limites. E basta estar entre amigos para descobrir isso.

O GRUPO DE TEATRO DA ESCOLA DA VILA

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O Grupo, formado por alunos dos três anos do Ensino Médio, é repleto de diferenças que acabam se somando quando se trata de teatro.

Durante quatro anos, o grupo de São Paulo vem se dedicando a montar peças que retratam questões pertinentes ao universo jovem e adolescente, sempre buscando, a partir do interesse dos alunos / atores, tratar de temas atuais com o intuito de trazer para o palco reflexões e considerações sobre nossa sociedade.

Depois das montagens “Blecaute” e “Só há uma vida e nela quero ter tempo para construir-me destruir-me”, a peça “DNA” vem para concluir uma trilogia que confronta a realidade da juventude.

O Grupo de Teatro da Escola da Vila participou da Mostra de Teatro do Colégio Santa Cruz (São Paulo, SP) em 2013, com a peça “Mulheres do Cais” e no Festival Fundação das Artes de Teatro Estudantil (São Caetano do Sul, SP), com as peças “Blecaute”, em 2014, e “Só há uma vida e nela quero ter tempo para construir-me destruir-me”, em 2015, tendo recebido os prêmios de coletividade e melhor cenografia.

Além disso, o repertório do grupo conta com peças como “Terror e Miséria no Terceiro Reich”, de Bertold Brecht e “Uma noite Absurda”, baseada na obra de autores do Teatro do Absurdo.

SERVIÇO

Duração: 60 minutos
Classificação: 14 anos
Endereço: Sede da AMBAC (ao lado da Igreja São Cristóvão) – Rua Adolpho Campos Maia número 55, Alto do Cardoso – Pindamonhangaba.
Horário: 20h00
Ingresso: 1 kg de alimento não perecível

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