Foram 13 anos de missão com atuação de 37,5 mil militares. Os números expressivos mostram a atuação das Forças Armadas do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti, a Minustah, encerrada oficialmente, no dia 15 de outubro, pela Organização das Nações Unidas, a ONU.
A missão de paz ajudou o país caribenho a superar momentos críticos da sua história, como conflitos políticos e risco de guerra civil em 2004, o terremoto de 2010 e furacões em 2016 e 2017.
E para prestar tamanha ajuda ao Haiti nestes 13 anos, o Brasil levou para lá uma grande quantidade de materiais. Agora, com o fim da missão, tudo foi enviado de volta ao país e parte está o sendo armazenado pelo 2º Batalhão de Engenharia de Combate em Pindamonhangaba.
O comandante da Unidade Militar em Pindamonhangaba, coronel Luis Cláudio Brion Cardoso, explicou o papel do Batalhão dentro desta fase que envolve a parte de manutenção. Segundo ele, os militares estão há quatro meses se preparando para esta missão.
No total, o Batalhão recebeu 73 veículos e equipamentos pesados (máquinas e guindastes), 99 contêiners, sendo 34 deles estão com equipamentos menores e os demais eram usados como alojamento. O Batalhão deve ainda receber mais 10 equipamentos, entre viaturas e máquinas.
Ainda de acordo com informações do comandante, todo o material deverá passar por uma manutenção rigorosa nos próximos seis meses e depois disso estará pronto para ser usado em uma nova missão.
A missão no Haiti já faz parte da história passada das Forças Armadas, mas o Brasil está em vias de integrar uma nova missão, agora na República Centro-Africana. A possibilidade foi comentada pelo ministro Raul Jungmann, no Rio de Janeiro, após uma cerimônia que celebrou o fim da missão no Haiti, no sábado, dia 21 de outubro.
De acordo com o ministro, esse seria o provável destino das tropas brasileiras, mas a decisão final compete ao presidente da República e ao Congresso Nacional.