Novidades, tendências e os principais caminhos para o comércio varejista foram assuntos de um evento promovido pelo Senac Pindamonhangaba na noite da terça-feira (16).
A 1ª edição do Seminário de Inovações do Varejo de Pindamonhangaba contou com a presença do palestrante Francisco Alvarez, mestre em administração, graduado em ciências econômicas e ciências contábeis. Francisco atua como diretor-executivo da Trade Marketing Assessoria e coordena o Centro de Pesquisas e Estudos do Varejo.
A noite começou com uma homenagem do Senac Senac Pindamonhangaba ao presidente do SinComercio, Antônio Cozzi Junior, ele que foi um dos principais responsáveis pela vinda da unidade do Senac para a cidade. A gerente da unidade Ana Cláudia Galhardo Palma, agradeceu o empenho do empresário e presidente do Sindicato.
Com o tema “As inovações do varejo e sua aplicação à nossa realidade”, o palestrante falou sobre algumas novidades e fatos que chamaram a atenção de um grupo brasileiro que visitou, em janeiro deste ano, a NRF Retail´s Big Show, em Nova York, considerado o maior evento de varejo do mundo e também de uma visita ao comércio de Londres, com lojas centenárias e um atendimento mais requintado e tranquilo.
Várias foram as questões apresentadas, umas com mais enfase e outras para conhecimento e estudo. Um dos assuntos bastante abordado pelo professor é de que nos dias atuais, não há mais lojas físicas e lojas virtuais, existe varejo. Ainda de acordo com o ele, o consumidor não faz mais distinção ente lojas físicas e virtuais e o varejo também não o pode fazer. “Varejo é varejo”.
Atendimento, como já se sabe, mas muitos não dão grande importância, continua sendo o grande atrativo das lojas. Não é o produto, é a experiência que o consumidor tem durante uma compra que faz com que ele procure essa ou aquela loja, com o peso dele retornar ou não para uma nova compra. O atendimento é uma questão chave nesse processo.
A eliminação de atritos [entenda-se como demora em alguma das fases de uma compra] também são detalhes que fazem que um cliente permaneça cliente. Neste caminho, o professor apresentou algumas soluções já em uso nos Estados Unidos por redes como Wallmart, Amazon e Macy´s, onde o cliente faz suas compras praticamente sozinho, utilizando seu celular e aplicativos e assim tem uma melhor experiência de compra em todo o processo.
Algumas soluções mais tecnológicas com a da Amazon Go, talvez não cheguem por aqui, devido ao alto custo de implementação, mas outras mais simples e interessantes, poderão aparecer em algumas redes em breve. Investir em aplicativos é uma tendência e que já dá seus primeiros frutos.
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Em outras abordagens, Alvarez, falou, por exemplo, sobre a realidade altamente competitiva, onde a margem de lucro diminuiu consideravelmente e os custos aumentaram, o que faz necessário uma ótima gestão do estoque. Estoque é dinheiro parado e vender é preciso, sempre. A inserção e a integração das empresas/comércio com a sociedade, através de projetos/programas onde elas estão inseridas, também faz parte de ações que podem ser feitas e muitas vezes, com pouco investimento, trazem um resultado bom de confiabilidade e novos clientes.
O conceito de Big Data e Realidade Virtual, como tendência e uso ativo na atualidade, também chamam a atenção para este nicho do mercado.
Já falando sobre o comércio em Londres, o professor destacou que há uma grande diferença entre o varejo americano e o londrino, onde o atendimento diferenciado, mais voltado e feito de pessoas para pessoas, tem mais destaque e, mesmo não utilizando de artefatos, como muitas promoções, tem um resultado satisfatório e singular.
Dentro destes conceitos todos, o funcionário sempre é a essência do negócio. Ele precisa estar antenado, motivado e orientado para proporcionar boas experiências aos clientes.
Estes e muitos outros assuntos foram apresentados, abordados e mostrados aos presentes. Claro, em muitas casos, é uma realidade que ainda não temos por aqui, mas são exemplos que poderão guiar proprietários e gestores em seus negócios. A ordem é acompanhar a evolução do tempo, ao custo de que a não evolução custará a falência do negócio.
Se nos Estados Unidos, a cada dia surge uma nova loja com um novo conceito, em Londres há ainda comércios que iniciaram suas atividades nos anos de 1700. Como conseguiram se manter ao longo do tempo? Evoluíram junto com ele!
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