Desenvolver o pensamento científico, crítico e criativo dos alunos é um dos objetivos da Feira de Ciências e Matemática da rede municipal de ensino de São José dos Campos. O evento, que teve início nesta terça-feira (13), reúne alunos e professores de 23 escolas com a exposição dos trabalhos realizados pelos anos iniciais e finais e tem superado a expectativa dos estudantes, que se sentem como professores e cientistas durante a feira.
Os espaços do Centro de Formação do Educador (Cefe), na região norte, foram tomados por estandes e projetos repletos de cores, formas, experimentos e substâncias variadas. Em cada estande, os visitantes são recebidos por alunos que explicam os conceitos e todo processo de criação dos trabalhos e contagiam pelo ânimo e a segurança na fala.
“A gente aprendeu coisas novas sobre os peixes e agora estamos ensinando para outras pessoas pontos importantes sobre isto. Precisamos saber sempre mais, pois assim, cuidaremos melhor dos peixes e da natureza”, contou Matheus Mastrochirico Barros, de 14 anos, aluno da Emef Profª Silvana Maria, no Jardim Cerejeiras.
Junto com ele, a aluna Yasmin de Souza Silva Sacramento, também de 14 anos, dividia a animação com a oportunidade de ser expositora no evento. “Estou achando a feira muito legal, desejo boa sorte a todos aqui. Por ser uma feira de escolas eu tinha outra ideia, quando cheguei aqui e vi tudo fiquei animada, está muito melhor, superou a minha expectativa, é grande, tem diversos projetos, todos legais e diferentes uns dos outros”, disse a estudante.
A Feira de Ciências e Matemática tem ainda o propósito de divulgar e valorizar experiências de ensino e aprendizagem nas duas áreas; proporcionar o intercâmbio entre as escolas, seus alunos e professores e estimular novos talentos. A Giovanna dos Santos, de 12 anos, representa a escola Emef Profª Palmyra Sant’Anna, na Vila Industrial, junto com um grupo de colegas e professores e estava encantada com a primeira experiência de contato com o público em um evento deste porte.
“O que mais estou gostando aqui é de poder apresentar nosso trabalho para as pessoas. Meu sonho é ser professora de Ciências e estou amando isso, é uma experiência em que posso sentir como será quando eu for professora”, declarou a aluna que apresentava o projeto “Idas e Vindas garantindo a vida”, sobre a relação entre os movimentos geológicos e os ciclos biológicos.
O Gustavo Henrique Vilela Camargo e Silva, de 13 anos, também é aluno da Emef Palmyra Sant’Anna e sonha em ser engenheiro aeronáutico. Empolgado, ele ensinava aos visitantes do estande curiosidades sobre o DNA. “Nosso projeto mostra os seres vivos e as substâncias que estão presentes no DNA. É legal porque tem coisas que falamos e muita gente diz: ‘uau, não sabia disso’ e se interessa por algo novo. É muito bom poder ensinar algo novo para as pessoas, estou me sentindo quase como um professor”, afirmou.
“Está sendo muito melhor do que eu esperava, não sabia que o espaço seria tão grande e teria coisas diferentes, como astronomia, física e matemática, que são assuntos que gosto muito”, destacou Gustavo entre uma apresentação e outra.
São esperados mais de 2.500 estudantes da rede durante o evento, que vai até sexta-feira (15). Nesta quinta-feira (14), os educadores das unidades escolares visitarão as exposições de trabalhos dos alunos e participarão de palestras durante o período de HTC (Horário de Trabalho Coletivo). Entre os temas das palestras estão: metodologias ativas e o ensino de matemática com música. A programação conta ainda com shows de Ciências da Escola de Engenharia de Lorena (EEL), da USP (Universidade de São Paulo), e de alunos da rede.
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