O primeiro Santuário dedicado a Nossa Senhora Aparecida completa 130 anos no próximo domingo (24). A Basílica Velha , como hoje é conhecida, foi inaugurada em 1888, em cerimônia presidida por Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, então Bispo de São Paulo, território diocesano que compreendia todo o estado paulista na época.
Cinco anos após, em 1893, a igreja recebeu o título de Santuário Episcopal e em 1908 o Vaticano concedeu ao templo o título de Basílica Menor, a primeira igreja no Brasil a receber tal reconhecimento.
Em 1982, o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo – CONDEPHAAT – declarou o tombamento da igreja, de estilo barroco, como monumento de interesse histórico, religioso e arquitetônico.
Em 2004, foi iniciada a restauração que devolveu as características originais da igreja que haviam se perdido após intervenções ao longo dos anos. O trabalho minucioso, que durou 11 anos, foi concluído em 2015 sem que a visitação ao local fosse interrompida.
História – Nestes últimos 130 de acolhida aos devotos de Nossa Senhora Aparecida, a Basílica Velha foi destino de cinco presidentes da República em exercício, que visitaram o local em ocasiões especiais, além da Princesa Isabel, da qual se tem dois registros históricos de sua visita.
A Basílica Velha foi o terceiro local religioso a abrigar a Imagem original de Nossa Senhora Aparecida, encontrada pelos pescadores em 1717. Antes do início de sua construção, havia no mesmo local a chamada Capela do Morro dos Coqueiros, a primeira igreja em honra à Virgem Aparecida autorizada pela Igreja Católica.
Este centro de peregrinação, construído em 1745, com 150 metros quadrados, ficou pequeno para o volumoso número de devotos que já visitavam a imagem de Nossa Senhora no século 18. Então, em 1834, a pequena capela passou por reformas e adaptações e, em 1878, passou a adquirir a arquitetura que a Basílica Velha mantém hoje. A inauguração da igreja nova aconteceu 10 anos depois.
Antes disso, um primeiro oratório havia sido construído pelos pescadores, às margens do Rio Paraíba do Sul e abrigou a Imagem até a construção da Capela do Morro dos Coqueiros em 1745.
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