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É urgente preservar a vida de adolescentes no Brasil, afirma ONU

Camiseta que o jovem vestia quando acabou atingido por disparo é mostrada durante seu velório. (Foto: Fernando Frazão/Agencia Brasil)

O Sistema ONU no Brasil manifesta consternação com a morte violenta do estudante Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos, vítima de disparo de arma de fogo, na última quarta-feira (20), a caminho da escola, em uma das comunidades do conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro.

Ele é um exemplo do trágico número de 31 homicídios de crianças e adolescentes que acontecem por dia no Brasil. Em 2015, 11.403 meninos e meninas de 10 a 19 anos foram vítimas de homicídio no país – maior número absoluto de homicídios de adolescentes no mundo. Os adolescentes negros estão três vezes mais vulneráveis a mortes violentas em comparação com os brancos na mesma faixa etária.

A convicção de que este ciclo de violência precisa acabar levou o Sistema ONU no Brasil a lançar a campanha Vidas Negras, pelo fim do racismo e da violência letal contra a população negra. As Nações Unidas fazem um apelo público pela garantia do direito à vida de cada criança, adolescente, jovem, mulher e homem negro.

É inadmissível que a trajetória de vida de adolescentes, como Marcos Vinícius da Silva e tantos outros, seja interrompida de forma violenta, gerando consequências tão graves quanto permanentes para outras crianças e adolescentes, suas famílias, suas comunidades e a sociedade brasileira.

As organizações do Sistema das Nações Unidas no Brasil se solidarizam com a família, amigos, amigas, colegas, professores e professoras de Marcos Vinícius da Silva e de todas as outras vítimas de violência no Brasil. Solicitam que os autores desses homicídios sejam identificados e responsabilizados perante a justiça brasileira. Da mesma forma, reitera a necessidade urgente de um compromisso do país com ações de prevenção e resposta à violência contra crianças e adolescentes.

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