A fragata “Liberal”, atual navio-capitânia da Força Tarefa Marítima (FTM) da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil, sigla em inglês), socorreu, nesta quinta-feira (11,) pela manhã, 31 refugiados de um barco à deriva na Costa do Líbano. Entre os socorridos estão mulheres e crianças que estavam sem comida e água há três dias. Os passageiros, bastante debilitados, informaram que eram sírios, e que estavam tentando chegar ao Chipre.
Refugiados sírios regatados por militares da Marinha do Brasil, que compõe a FTM, estavam bastante debilitados
Refugiados sírios regatados por militares da Marinha do Brasil, que compõe a FTM, estavam bastante debilitados
A embarcação, sem combustível, foi localizada a cerca de 41 milhas náuticas da capital do Líbano, Beirute. A fragata “Liberal”, que pertence à Marinha do Brasil, foi acionada pelo Comando da FTM, e imediatamente foram iniciadas as buscas por radar e com aeronaves.
Toda assistência necessária foi fornecida pela UNIFIL, para amenizar o sofrimento das pessoas a bordo, com o fornecimento de água, comida, assistência médica e alguns medicamentos.
A “Liberal” permanece no local para prestar todo o auxílio possível aos refugiados, até a chegada de duas lanchas patrulha que realizarão o resgate. A fragata escoltará os resgatados até as águas territoriais libanesas, e lá encerrará suas ações.
Em setembro de 2015, a corveta brasileira Barroso, que estava a caminho para missão da FTM, também resgatou 220 imigrantes no Mar Mediterrâneo.
FTM-UNIFIL
A Marinha do Brasil participa desde 2011 da FTM-UNIFIL, ocasião em que assumiu o comando da Força Tarefa Marítima multinacional e passou a enviar um navio para atuar como capitânia do Comandante da Força.
Atualmente, o contra-almirante Eduardo Machado Vazquez é o comandante da FTM-UNIFIL, integrada por navios da Alemanha, Grécia, Indonésia, Bangladesh e Turquia, além do Brasil.
A Fragata “Liberal” desatracou da Base Naval do Rio de Janeiro em agosto deste ano para realizar a “Operação Líbano XIV”. Por um período de oito meses, a fragata conduzirá as operações de interdição marítima a fim de prevenir a entrada de armas não autorizadas no território libanês, bem como qualquer material correlato, além de contribuir para o adestramento da Marinha Libanesa.
É a quarta vez que a Fragata “Liberal” participa da “Operação Líbano”, tendo atuado anteriormente, em 2012 (Líbano II), 2014 (Líbano V) e 2016 (Líbano X).
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