publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Beatriz e Débora: as gêmeas da natação paradesportiva

(Foto: Alzir Lima / Kaizen – CBDU)

Irmãs gêmeas e que contam com a mesma paixão: a natação. Essas são Débora e Beatriz Carneiro, 20 anos, que nasceram com uma deficiência que de início não conseguia ser identificada, até que foram diagnosticadas com Deficiência Intelectual.

Na natação paradesportiva, elas e os pais encontraram um modo para o desenvolvimento, que culminou em uma carreira com muitas medalhas e a primeira participação nos Jogos Universitários Brasileiros.

Na 66ª edição dos JUBs, as duas representam a anfitriã Maringá, como estudantes da Unicesumar, onde cursam Gastronomia desde o início desse ano. Elas competem pela categoria S14 nos 100 metros nado peito.

Em 2013, as duas passaram a fazer parte da União Metropolitana Paradesportiva de Maringá (UMPM) e atualmente, também, compõem a Associação de Pais e Atletas da Natação (APAN). Desde 2014, fazem parte do Circuito Nacional da modalidade.

A ascensão foi rápida, tanto que em 2016 as duas participariam das Paralimpíadas, mas Débora teve apendicite e, de longe, torceu pela irmã, com a parceria sendo renovada. “Tudo onde eu vou, ela me apoia. Eu a apoio, também. Ela torce por mim, eu torço por ela, mesmo na água, sendo rival, estou lá torcendo e brigando por medalha”, conta Débora. A recíproca é verdadeira: “É a mesma coisa (que Débora falou).

Onde eu vou, ela está junto. Estamos sempre torcendo pela outra. A gente fala assim: hoje você não vai ganhar, hoje eu vou. Tem uma briguinha, mas a gente vive torcendo uma pela outra”, brinca Beatriz sobre a relação entre as duas. Ela que ficou na quinta colocação geral nos 100 metros peito e em décimo lugar nos 200 metros livre na Rio 2016.

Os últimos meses das irmãs são repletos de conquistas. Em 2017, ficaram com a medalha de ouro no Mundial de Natação para Deficientes Intelectuais, em Águas Calientes, México, no revezamento 4×100 nado peito S14 e Beatriz foi medalha de prata no Mundial do IPC 2017 realizado na Cidade do México. Nesse ano, juntas conquistaram 11 medalhas no Open Internacional de Natação, em São Paulo.

Por todo esse currículo, são colocadas como favoritas no debute. “Minha expectativa é que a gente possa sair com medalha e quem sabe bater um recorde nas provas que competiremos”, conta Beatriz sobre o que espera dos JUBs. Ideia compartilhada pela irmã. “Espero que seja maravilhoso. Espero ajudar a cidade e o estado no evento”.

𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Onde você vê as duas irmãs, os pais estão juntos. A mãe das atletas, Mônica Carneiro conta que o esporte abriu muitas portas para as filhas, como se “fosse uma faculdade”. “A natação é muito importante para elas. Fez com que elas se desenvolvessem muito. Nós (ela e o marido Eraldo Carneiro) ficamos muito felizes de estar vendo a evolução delas”.

Na água, em casa ou em qualquer lugar, a união das duas é visível, tanto que um exemplo é o ranking mundial da categoria. Beatriz é a sexta colocada e Débora vem logo em seguida. As gêmeas e todos os atletas da natação paradesportiva podem ser acompanhadas na piscina da Vila Olímpica até a tarde de sexta-feira.

Os JUBs 2018 são uma realização da CBDU, em parceria com a Secretaria de Esportes e Lazer da Prefeitura Municipal de Maringá e da Federação Paranaense de Desportos Universitários (FPDU). Patrocínio CBDU: Correios. Apoio CBDU: Gympass e SuperBolla. Parceria Institucional: Ministério do Esporte, Comitê Olímpico Brasileiro e Comitê Paralímpico Brasileiro.

Botão Voltar ao topo