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Ginastas brasileiros iniciam treinamento de olho em Tóquio

Esse ano, os atletas terão pela frente, entre outras competições, o Pan-Americano, em julho, em Lima, no Peru. Uma etapa importante para a definição de vagas para a Olimpíada de Tóquio 2020, no Japão. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

A programação de 2019 de atletas da ginástica artística masculina do Brasil começou com o primeiro estágio de treinamento da categoria, durante dez dias, até a última quinta- feira (31), com 17 esportistas da categoria desde medalhistas como Arthur Zanetti, Diego Hypólito e Arthur Nory e juvenis, no Centro de Treinamentos de Ginástica Artística, na Arena da Barra.

Esse ano, os atletas terão pela frente, entre outras competições, o Pan-Americano, em julho, em Lima, no Peru. Uma etapa importante para a definição de vagas para a Olimpíada de Tóquio 2020, no Japão.

“Se a gente ficar entre as 12 primeiras equipes do mundo, nos dá o direito a levar a equipe aos jogos olímpicos, porque ainda tem quatro vagas. Depois disso é que se começa a escolha do time. Primeiro a gente tem que conquistar as vagas”, disse o coordenador geral de eventos da Confederação Brasileira de Ginástica, Henrique Motta. Se a equipe não ficar entre os 12 no Pan-Americano, haverá apenas uma vaga para o Brasil na modalidade.

“É passo a passo. Esse ano o importante é a classificação, tem o mundial em Stuttgart, tem os Jogos Pan-Americanos, que são muito importantes para a gente. A gente tem que estar bem preparado para essas competições além das outras pelo ano”, observou Arthur Zanetti.

Para o ginasta paraense Péricles Fouro, de 29 anos, passar por todas essas competições representa um foco para 2020. Ser um dos integrantes da delegação brasileira nos Jogos de Tóquio não é o único desejo.

Durante os treinamentos da equipe brasileira de ginástica artística, a ex ginasta e medalhista Luísa Parente acompanhou Josué Heliodoro, de 16 anos, ginasta juvenil da categoria do Flamengo. Segundo ela, esse contato com atletas mais experientes ajuda o desenvolvimento dos juvenis. “Sem dúvida porque ele quer competir, dar o melhor dele. Se sente mais seguro”, disse.

Até para quem é medalhista, esse contato é fundamental. O ginasta Diogo Hypolito, medalhista olímpico, revelou que ficou nervoso durante o treino e foi acalmado por um colega do juvenil. “Eu estava fazendo um exercício e não completei do jeito que queria. O Joãozinho [João Lucas Prunes Vieira] estava do meu lado e disse para eu me acalmar que era assim mesmo e eu ia conseguir”, disse.

Grande parte dos atletas entra para a ginástica artística ainda criança, como é o caso do Péricles Fouro, que começou na ginástica levado por uma tia aos 7 anos. “Na verdade, a minha tia me indicou: ‘Ele fica se pendurando aí, não para quieto, leva ele para fazer um teste na ginástica, vai que ele gosta’. Eu me apaixonei e não sai até hoje. Não foi uma ideia da minha cabeça. Eu não conhecia o esporte antes de ir para lá”, disse.

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Luísa Parente, que tem muita experiência na identificação de possíveis ginastas concorda. “Quem não para quieto. Assiste TV de cabeça para baixo e pula de um sofá para outro é o perfil para fazer o teste da ginástica”.

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