Critérios para concessão do Simube (Sistema Municipal de Bolsas de Estudo) e prazo para inscrição foram alguns dos assuntos discutidos em audiência pública na Câmara de Taubaté dia 8.
Autor do requerimento que solicitou a audiência, o vereador Douglas Carbonne (PCdoB) mencionou que é exigida a comprovação de despesa com gás, mas é raro quem peça nota fiscal ou recibo na compra deste produto. Para ele, o prazo de inscrição, 31 de janeiro, foi curto e prejudicou alguns estudantes, e a mão de obra disponibilizada pela Secretaria de Inclusão para o conselho gestor do Simube é pouca.
A vereadora Loreny (PPS) acrescentou que a Comissão de Educação, da qual ambos são membros, deve se reunir com o conselho para analisar o edital de inscrições, discutir seus critérios com clareza e divulgá-lo com antecedência.
Presidente do Simube, Simone Palhares lembrou que as inscrições seriam até o dia 25 de janeiro, mas foram prorrogadas até o dia 31. Contabilizou que foram feitas 746 inscrições e que o orçamento para o programa é de R$ 6,2 milhões, o mais alto da Secretaria.
Questionada sobre a possibilidade de criar condições exclusivas para os estudantes de Medicina, cujo valor da mensalidade é superior aos demais cursos, Simone afirmou que a bolsa para este curso consome grande parte do orçamento. “Acredito que o objetivo do Simube é atender aluno com grau de carência elevado”, disse.
Outra medida apontada pela presidente do conselho é o processo de cobrança da bolsa financiamento, dinheiro devolvido pelo bolsista após a conclusão do curso. “Estamos revendo os processos para que a Prefeitura não perca o prazo de cobrança.”
Pró-reitora Estudantil da Unitau, Máyra Cecília Dellú disse que a autarquia de ensino se esforçou em apoiar os estudantes no momento de inscrição, mas ela reconheceu que houve muitas dificuldades, especialmente para obtenção do NIS (Número de Inscrição Social) e comprovação de domicílio eleitoral em Taubaté, exigência do edital.
Segundo a pró-reitora, 556 alunos da graduação e 15 alunos do colégio se inscreveram no Simube, porém, somente 227 entregaram a documentação exigida pelo edital. Para ela, os obstáculos do edital forçaram a queda do número de matrículas. Em 2018 a instituição tinha 8.500 alunos, e se formaram 2.500. Em 2019 houve 1.568 ingressantes e 6.731 rematriculados, restando, nas contas da Unitau, 1.095 alunos a se matricular.
Vice-presidente Simube, Gerson Muhlbauer Júnior afirmou que a intenção é melhorar o processo. “Nosso objetivo é ter e atender o maior número de bolsas que a gente consiga.”
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