Foi inaugurado no sábado (6), o Centro Cultural da Olaria, região norte de Caraguatatuba. O espaço deve atender cerca de 300 aprendizes. A nova oficina da Fundacc – Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba recebeu o nome de Sonia Maria Rosa, a Sonia do Olaria.
A inauguração contou com a presença do prefeito Aguilar Junior; da presidente da Fundacc, Silmara Mattiazzo; do presidente da Câmara, Carlinhos da Farmácia; secretários, vereadores, familiares da homenageada e moradores que tiveram a oportunidade de conhecer Dona Sonia.
A emoção tomou conta dos filhos da homenageada – Aniceto Eduardo dos Santos, o Cetinho, Allan Phelipe dos Santos e Alessandro Roberto dos Santos, que estiveram na inauguração. A única ausência foi de André Luiz dos Santos que estava trabalhando.
“Esse é o legado de Dona Sonia aos jovens porque ela sempre lutou muito pelo bairro que escolheu para morar quando se mudou para Caraguá e abriu suas portas para toda a comunidade que precisava”, disse às lágrimas Cetinho.
“Fico feliz pela lembrança porque ela fez tudo que podia pelo bairro”, lembrou o presidente da Câmara, seguido do vereador Dennis Guerra que teve aprovado requerimento em 2017 onde pedia a instalação de um centro cultural no bairro.
Para a presidente da Fundacc, Silmara Mattiazzo, essa foi uma singela homenagem à Dona Sonia que tanto fez pelos mais carentes. “Ela brilhava de dentro pra fora, conseguia dividir o pouco que tinha com todo mundo”.
Na avaliação do prefeito Aguilar Junior, “essa é uma homenagem justa, de coração, para uma pessoa que fez a diferença aqui no bairro. Agora, seu trabalho será reconhecido para sempre e esse espaço é para atender uma necessidade, mas já pensamos na ampliação em um prédio próprio que vai sempre levar o nome de Dona Sônia”.
O Centro Cultural deve oferecer, inicialmente, oficinas de danças urbanas, balé clássico, capoeira e violão. As inscrições já podem ser feita no local que fica à Rua Pedro Januário Leite, 66, no Olaria.
História
Falecida em fevereiro de 2015, Sonia Maria Rosa nasceu em Itajubá (MG), morou em Campos do Jordão e São José dos Campos até chegar em Caraguá em 1976. Além dos quatro filhos, ainda em São José ela teve duas meninas que faleceram.
Quando se instalou no Olaria, onde construiu sua residência, lutou para levar pavimentação, linha de ônibus para o bairro e tinha a única linha telefônica que servia para que os moradores entrassem em contato com seus familiares distantes.
“Era até engraçado porque quando chegava a conta só tinha DDD de fora”, lembrou o filho Cetinho. Partos, muitos partos ela fez, tanto que o filho Allan nem se lembra mais, “mas muita gente aqui nasceu pelas mãos dela”.
Veja também