O Taubaté Funvic (SP) é o campeão da Superliga Cimed masculina de vôlei 18/19. No sábado (11), o time de Taubaté (SP) superou o Sesi-SP por 3 sets a 1 (25/21, 25/22, 21/25 e 25/20), na Arena Suzano, em Suzano (SP). Com o resultado, a equipe dirigida pelo treinador Renan fechou o playoff melhor de cinco por 3 jogos a 2, conquistando, assim, o primeiro título da competição.
O oposto Leandro Vissotto brilhou na final, teve a maior votação no site da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e ficou com o Troféu VivaVôlei. Foi o segundo troféu de melhor jogador do atacante no playoff decisivo da competição.
“A conquista dessa Superliga Cimed foi um sonho realizado. Fiquei muito tempo fora do Brasil e estar de volta em um time cheio de craques foi muito prazeroso. Estou muito feliz e emocionado. Minha família está no ginásio e o fato deles poderem ter assistido tudo isso foi ainda mais especial. Nunca imaginei viver essa emoção na minha carreira e estou muito contente. Só tenho que agradecer a esse grupo”, disse Vissotto.
Capitão e grande líder do time de Taubaté, o levantador Raphael falou sobre a enorme satisfação de ter feito parte desta conquista e, consequentemente, ter entrado para a história da equipe.
“Apesar de tantas dificuldades que esse grupo enfrentou, conseguimos sair do momento ruim e esse título veio para coroar primeiro o projeto e depois esse grupo, que foi sensacional e tem todo o mérito disso. Normalmente falamos só de jogadores, mas tem tanta gente que sofreu junto, trabalhou tanto para que chegássemos aqui. Para mim é uma honra, um privilégio, uma alegria tão grande fazer parte disso tudo que me faltam palavras”, disse Rapha.
Capitão do Sesi-SP, William também falou sobre o valor de chegar a uma final de Superliga Cimed e a equilibrada disputa desta série de cinco jogos.
“Chegar a final da Superliga Cimed é muito difícil. Parar e analisar o que aconteceu é difícil agora, foi super disputado. Ganhou o time que conseguiu abrir e sustentar por mais tempo a vantagem. Mas, foi uma baita final. Cinco jogos lindos. Estou chateado pela derrota, mas feliz pelo que a equipe produziu. Chegar a uma final é muito complicado e não posso ser egoísta e achar que tem alguma coisa errado. Vamos pensar na próxima temporada”, disse o levantador do time de São Paulo.
Para chegar a grande decisão, o EMS Taubaté Funvic terminou a fase classificatória em terceiro e enfrentou, nas quartas de final, a equipe do Vôlei Renata (SP), vencendo por 2 jogos a 1. Na semifinal, passou pelo Sada Cruzeiro (MG), já em série melhor de cinco jogos, por 3 a 0. E, na final, precisou das cinco partidas possíveis para subir ao degrau mais alto do pódio.
Lucarelli, da lesão a MVP
Aos 27 anos, o ponteiro Lucarelli viveu uma temporada especial na Superliga Cimed 18/19. Depois de ficar pouco mais de oito meses fora das quadras em recuperação de uma lesão no tendão de Aquiles, o jogador voltou a sua melhor forma durante a competição e foi peça decisiva na companha que culminou com o título da equipe do interior de São Paulo. O campeão olímpico foi eleito o MVP e um dos dois melhores ponteiros da competição. Bastante emocionado depois da cerimônia de premiação, o atacante fez questão de agradecer o apoio recebido.
“Se for pegar pela temporada, talvez não dessem a nossa equipe como candidata ao título pelos altos e baixos que apresentamos ao longo da temporada. E ser coroado com esse título é muito bom. A equipe merece bastante, lutou muito, passou por cima de vários momentos ruins, sangramos muito na quadra para poder curtir esse dia de hoje com esse título”, declarou Lucarelli.
O melhor jogador da Superliga Cimed 18/19 ainda falou sobre a volta às quadras e como conseguiu recuperar a confiança para chegar ao ponto máximo da temporada.
“Quando eu comecei a treinar, havia uma diferença muito grande em relação aos demais. Sabia que ia demorar muito para entrar no ritmo, mas confiava bastante na equipe médica de Taubaté e todos me deram uma tranquilidade muito grande. Em momento algum houve pressa para eu voltar e com o passar do tempo, fui ganhando confiança e isso foi muito importante”, finalizou Lucarelli.
Renan, em dois meses campeão
O treinador Renan assumiu o EMS Taubaté Funvic (SP) no final de fevereiro de 2019. Em um pouco mais de dois meses de trabalho, o técnico implantou o seu método de trabalho e levou o time do Vale do Paraíba a seu primeiro título da Superliga Cimed masculina. Com um currículo vencedor como jogador e treinador, Renan assumiu o time faltando três rodadas para o fim do returno.
“Quando chegamos hoje aqui para a quinta partida eu falei para os garotos no vestiário que nós éramos merecedores por tudo que fizemos em dois meses. Eu não poderia falar uma vírgula de nenhum deles no dia a dia de treinamento. Eles se dedicaram ao máximo e acredito muito que a competição é reconhecimento do que se faz no dia a dia”, disse Renan.
Sobre a participação dele e de sua comissão técnica neste título, o técnico prefere dar méritos ao grupo de atletas que já representavam o EMS Taubaté Funvic ao longo da temporada.
“Me sinto fazendo parte, sim, porque acabamos pegando a reta final da competição e sabíamos que o tempo era curto para construir um modelo de jogo daquilo que acredito de volume e intensidade. Mas, mais importante do que propor o modelo de jogo, foi o aceite deles por esse modelo de jogo. Se isso não acontecesse, nada teria acontecido. Eles foram os principais atores e nós, uma peça importante dentro do sistema, mas coadjuvante”, afirmou Renan.
Lucão, paredão da Superliga
O central Lucão foi contratado como um dos principais reforços do EMS Taubaté Funvic para essa temporada. O experiente jogador de 33 anos provou que a aposta no seu talento foi mais do que acertada. Eleito um dos melhores centrais da competição, o jogador comemorou a conquista do título e relembrou as dificuldades encontradas pelo grupo do Vale do Paraíba ao longo de toda a temporada.
“Nosso time sofreu bastante nessa Superliga Cimed. Chegamos nas fases finais de todos os campeonatos que disputamos na temporada. O Sesi-SP teve o melhor desempenho em toda a fase classificatória e muitas pessoas não acreditaram na nossa equipe. Tivemos a troca de três técnicos, mas sempre treinamos bastante. Uma palavra para esse time é resiliência porque mesmo com muitos momentos de dificuldades nos continuamos acreditando e trabalhando forte”, disse Lucão.
O jogador ainda fez questão de ressaltar a qualidade do grupo do Vale do Paraíba e a união do time comandado pelo treinador Renan.
“Temos jogadores muito experientes dentro de quadra e acredito que isso acabou fazendo a diferença para esse título. Foi a vitória de um grupo unido em busca de um objetivo comum. Estou muito feliz”, explicou Lucão.
SELEÇÃO DA SUPERLIGA
CRAQUE DA GALERA – Raphael (EMS Taubaté Funvic)
MVP – Lucarelli (EMS Taubaté Funvic)
Troféu VivaVõlei da final – Leandro Vissotto
Levantador – William (Sesi-SP)
Oposto – Alan (Sesi-SP)
Ponteiros – Lucarelli (EMS Taubaté Funvic) e Lucas Loh (Sesi-SP)
Centrais – Lucão (EMS Taubaté Funvic) e Éder (Sesi-SP)
Líbero – Thales (EMS Taubaté Funvic)
Treinador – Rubinho (Sesi-SP)
Árbitro – Paulo Turci (PR)
CLASSIFICAÇÃO FINAL:
1º – EMS Taubaté Funvic (SP)
2º – Sesi-SP
3º – Sada Cruzeiro (MG)
4º – Sesc RJ
5º – Vôlei Renata (SP)
6º – Fiat/Minas (MG)
7º – Copel Telecom Maringá Vôlei (PR)
8º – Vôlei UM Itapetininga (SP)
9º – Corinthians-Guarulhos (SP)
10º – São Francisco Saúde/Vôlei Ribeirão (SP)
11º – Caramuru Vôlei (PR)
12º – São Judas Voleibol (SP)
EQUIPES
SESI-SP – William, Alan, Lucas Loh, Lipe, Éder e Gustavão. Líbero – Murilo e Pureza
Entraram: Evandro, Franco, Renato, Alan Patrick
Técnico – Rubinho
EMS TAUBATÉ FUNVIC – Rapha, Vissotto, Conte, Lucarelli, Lucão e Otávio. Líbero – Thales
Entraram – Uriarte, Abouba, Douglas, Fabiano
Técnico – Renan Dal Zotto