A prefeita de Ilhabela, Maria das Graças Ferreira, a Gracinha, 58 anos, tomou posse na noite da terça-feira (21), em sessão extraordinária, na Câmara Municipal, na Vila. Gracinha já vinha conduzindo o andamento dos trabalhos no município desde a última terça-feira (14).
Uma das mulheres mais conhecidas da cidade, Gracinha é exemplo de força de vontade, superação e compaixão ao próximo. Natural de Uruçuca (BA), chegou ao arquipélago com apenas 14 anos e, desde então, demonstrou interesse no bem-estar dos que estavam ao seu redor.
Passou por diversos empregos; atuou como doméstica e recepcionista. Mas, foi na causa social que se encontrou: participou da fundação da Pastoral da Criança no município, no início dos anos 90, projeto em que atua ainda hoje. Em 1996, objetivando contribuir, ainda mais, com sua comunidade, o Morro dos Mineiros, Gracinha entrou na política e foi eleita vereadora e reeleita em 2000. Depois de certo tempo afastada da vida política, Gracinha retornou ao Legislativo, sendo eleita a presidenta da Câmara de Ilhabela.
Formou-se aos 46 anos no ensino médio e gradou-se em Gestão Pública. Casada, mãe de três filhas e avó de oito netos, a agora, prefeita de Ilhabela, é sinônimo de política social e do bem.
“Não me furtarei ao desafio a mim imposto”, destacou a prefeita. “Embora muitos possam pensar o contrário, estou pronta e preparada para levar adiante todos os compromissos assumidos no palanque, honrando o voto e a confiança de cada pessoa que votou ou não em nossa chapa nas eleições”, afirmou durante o discurso de posse, que foi finalizado com dois pedidos à Câmara: a aprovação da reforma administrativa para estruturação do quadro de funcionários da Prefeitura e que os poderes unam forças em prol dos moradores.
Antes de encerrar sua fala, Gracinha declarou, ainda, seu patrimônio financeiro, a fim de evitar supostas especulações.
Os representantes do Legislativo comprometeram-se em colaborar com o andamento dos trabalhos na cidade e colaborar com os projetos à população.
O vice-prefeito de São Sebastião (SP), Amilton Pacheco, os padres Alessandro Coelho e Mateus Martins, além de diversos líderes da sociedade civil organizada, também estiveram presentes na cerimônia.