Um mar de estandartes azuis e brancos vai povoar o Santuário Nacional no próximo fim de semana. Eles identificam a presença dos participantes da Legião de Maria , movimento católico formado por leigos que tem a devoção mariana como um dos pilares de sua espiritualidade. Os legionários, como são conhecidos os membros do movimento, realizam sua 63ª romaria à Basílica de Aparecida (SP) no sábado (1º) e no domingo (02). A extensa programação conta com momentos de oração, missas e procissões, que devem reunir cerca de 12 mil peregrinos.
As atividades se iniciam com a oração do Ofício da Imaculada Conceição, às 8h10 do sábado, na Praça da Matriz Basílica. De lá, uma procissão parte para o Morro do Cruzeiro, local onde os legionários rezam a Via Sacra, meditando os últimos passos de Jesus e sua morte na cruz. A subida de quase 900 metros recorda o sacrifício de Cristo pela humanidade e encerra as atividades da manhã.
No período da tarde, a programação acontece dentro do Santuário Nacional. A partir das 16h, os representantes dos Praesidium, como são chamados os grupos paroquiais, se reúnem com seus estandartes diante da Tribuna Papa Bento XVI para um momento de oração. Pouco antes da missa das 18h, celebração oficial da Romaria, eles ingressam na Basílica com suas flâmulas, homenageando a Padroeira do Brasil. Logo após a missa, uma procissão luminosa com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora Aparecida percorre os pátios do Santuário Nacional, que fica iluminado com as chamas das velas.
As atividades continuam na manhã do domingo, com as orações típicas da Legião de Maria, intercaladas pela meditação do rosário, na Tribuna Papa Bento XVI às 8h10. Por volta das 9h, novamente os estandartes iniciam sua entrada na Basílica Nacional para a missa que encerra a peregrinação, às 10h.
Todas as celebrações contam com a presença do bispo referencial da Legião de Maria, Dom Edson de Castro Homem, que também é bispo da Diocese de Iguatu (CE). Para o religioso, a romaria “é um momento festivo para honrar Maria e renovar o compromisso de apostolado em prol do reino de Deus, para aumentar o número de pessoas que aderem ao Evangelho”, esclarece.
Isso porque o trabalho legionário é realizado por meio de visitas a idosos, famílias enlutadas, doentes e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Podem ser realizadas também visitas a hospitais, presídios, e instituições de acolhida. Para isso, a Legião se organiza como um verdadeiro exército. A começar pelas nomenclaturas em latim utilizadas nos grupos, cujas divisões hierárquicas são as mesmas do exército romano. Porém, ao contrário das unidades militares, a principal arma dos legionários é a oração do rosário.