A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, em parceria com ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a coordenação do Sistema ONU no Brasil, realiza na quinta-feira (6) debate em Brasília (DF) sobre as dificuldades enfrentadas por negros e, especialmente, mulheres negras, no mercado de trabalho.
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A desigualdade racial é uma realidade no mercado de trabalho brasileiro, embora pretos e pardos constituam mais da metade da população no país. O ambiente empresarial ainda tem grandes dificuldades para avançar no combate ao racismo, e o quadro se agrava ainda mais quando consideramos a situação das mulheres negras.
Grupo de Trabalho de Direitos Humanos promove treinamento de due dilligence para empresas. Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu
A desigualdade racial é uma realidade no mercado de trabalho brasileiro, embora pretos e pardos constituam mais da metade da população no país. Foto: Rede Brasil do Pacto Global/Fellipe Abreu
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) no Brasil, em parceria com ONU Mulheres, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e a coordenação do Sistema ONU no Brasil, realiza na quinta-feira (6) debate em Brasília (DF) sobre as dificuldades enfrentadas por negros e, especialmente, mulheres negras, no mercado de trabalho.
A desigualdade racial é uma realidade no mercado de trabalho brasileiro, embora pretos e pardos constituam mais da metade da população no país. O ambiente empresarial ainda tem grandes dificuldades para avançar no combate ao racismo, e o quadro se agrava ainda mais quando consideramos a situação das mulheres negras.
É neste contexto que se realiza o debate “Igualdade racial: gênero, raça e mercado de trabalho”, que acontece das 9h30 às 12h no B Hotel (SHN Quadra 5, Bloco J, Lote L).
De acordo com o Instituto Ethos, por meio da pesquisa “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas”, pessoas negras ocupam apenas 6,3% dos cargos de gerência e 4,7% dos cargos executivos nas empresas. Quando se trata de mulheres, apesar de muitas empresas promoverem programas bem-sucedidos de equidade de gênero, em geral, a inclusão é de mulheres brancas, não de mulheres negras.
Além disso, a renda de 80% dos profissionais negros não passa de dois salários-mínimos, de acordo com dados da Oxfam. A pesquisa “Características do emprego formal da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2014” aponta que, quanto maior é a capacitação, maior também é a disparidade salarial entre negros e brancos. Entre os negros que entraram na universidade, sua renda não passa de 80% do salário de brancos com a mesma formação.
O debate é realizado pelas representações no Brasil de UNESCO, da ONU Mulheres, UNFPA, OIT e pela coordenação do Sistema ONU no Brasil, no âmbito da Década Internacional dos Afrodescendentes proclamada pelas Nações Unidas.
Participam da mesa de abertura a diretora e representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch Noleto; o representante do UNFPA, Jaime Nadal; e o representante da OIT, Martin Hahn.
Na sequência, a diretora da UNESCO no Brasil medeia debate com a diretora da Organização Social de Cultura ID Brasil e autora da publicação “Sim à igualdade racial: raça e mercado de trabalho”, Luana Génot; com a representante da Secretária Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos da Prefeitura de Campinas, Eliane Jocelaine Pereira; e da representante interina da ONU Mulheres, Ana Carolina Querino.