O mês de julho reserva uma série de atrações gratuitas para os frequentadores do Palácio Boa Vista, um dos principais ícones de Campos do Jordão. A programação “Portas abertas: atividades culturais no Palácio Boa Vista” ocorrerá paralelamente ao 50º Festival de Inverno da cidade do interior paulista, com ações para crianças, jovens, idosos e pessoas com deficiência. O Festival de Inverno, por sua vez, começa neste sábado (29), também com programação renovada.
Entre os dias 3 e 28 de julho, o edifício sediará diversas atividades, como brincadeiras, oficinas, palestras, apresentações musicais, aulas de yoga e visitas especiais. Os interessados podem conhecer a programação completa e os procedimentos para inscrição pela internet. Vale destacar que as iniciativas estão programadas para 10h e 14h.
Construído entre 1938 e 1964, o Boa Vista é uma das residências oficiais dos Governadores de São Paulo, além do Palácio dos Bandeirantes, também sede da administração estadual, localizada na capital. Em 1970, o Boa Vista foi reinaugurado e transformado em monumento público e centro cultural. Desde então o palácio é um dos palcos do Festival de Inverno de Campos e, mais recentemente, ampliou sua programação para o público.
“A partir da gestão do Governador João Doria, o espaço do Palácio Boa Vista está totalmente repaginado no sentido de promover um acesso maior à população e ser um centro cultural aberto a todas as pessoas”, explica Ana Cristina Carvalho Faggin, curadora do Acervo Artístico-Cultural dos Palácios do Governo do Estado de São Paulo.
Símbolo
Em 1970, o prédio foi palco do primeiro Concerto de Inverno da cidade, o atual Festival Internacional de Inverno, que atrai anualmente milhares de turistas e moradores do entorno. Ao longo dos 50 anos, o local é um símbolo da vida cultural jordanense e paulista.
O espaço apresenta uma atmosfera singular criada pelos objetos e personagens que passaram pelo local. Mesmo permanecendo com as funções originais do cotidiano doméstico, as peças expostas ao público constroem a história do palácio, nos ambientes de uma casa-museu.
“As atividades culturais pretendem potencializar a interatividade com os visitantes, além de imersões e conexões com o público e a cidade, sem deixar uma ligação com o passado. Por isso, fizemos uma exposição que aborda a construção do palácio e a história do Festival de Inverno, que nasce no Boa Vista”, acrescenta Ana Cristina Carvalho Faggin.
Agenda
De quarta-feira a domingo, a programação inclui 18 atividades – ao todo, são mais de 900 vagas. A programação começa às quartas-feiras, com o “Festival nos jardins do Palácio”, que promove várias atividades ao ar livre, como visita sensorial para crianças, oficina de arranjos florais e atividades de educação ambiental.
A prática de yoga e meditação e palestras sobre a história do Palácio e das coleções de arte serão realizadas às quintas-feiras, com palestras ministradas por especialistas e focadas na história do Festival de Inverno no palácio, a arquitetura do local, as coleções de arte moderna brasileira, uma das mais importantes do país, e arte sacra, destacando as peças em exposição na capela “São Pedro Apóstolo”, anexa ao prédio.
Nas manhãs das sextas-feiras, as crianças poderão se divertir com experiências que envolvem chocolate e os visitantes encerram o dia com concerto musical no Salão Nobre.
A agenda dos sábados inclui vivências com a natureza nos jardins para crianças e jovens durante todo o dia. Também haverá oficina de colagem para crianças, discutindo o vestuário da época em que o palácio Boa Vista foi inaugurado, uma série de atividades sobre as obras de Tarsila do Amaral, com a sobrinha neta da artista, oficina de aquarela e bordado baseada nas obras de Tarsila do Amaral, na coleção dos palácios, e oficina de confecção de cremes naturais.
A programação completa oferece visitas especiais aos domingos: pela manhã, os visitantes poderão conhecer mais da história da cidade pelas coleções do acervo do palácio, com visita acompanhada por intérprete em libras e, à tarde, descobrir o túnel que liga o palácio à capela (ação voltada às crianças).
“Entendemos que o palácio-museu é também um lugar de inspiração, que tem que ter uma relação lúdica, divertida e familiar, especialmente com a comunidade e todos os visitantes”, afirma a curadora.