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Scheidt faz história e garante classificação para disputar a sétima Olimpíada

Robert Scheit garantiu vaga em Tóquio/2020 (Foto: Junichi Hirai/Bulkhead Magazine Japan)

Robert Scheidt faz história mais uma vez. Maior medalhista olímpico do Brasil, com cinco pódios, o velejador de 46 anos garantiu índice para os Jogos de Tóquio/2020. A vaga veio com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão, na madrugada desta terça-feira (9), seis posições abaixo da linha de corte estipulada pela CBVela, que era a 18ª posição. Com o passaporte para o Japão carimbado, ele está prestes a se tornar o recordista brasileiro em participações em Olimpíadas, com sete no currículo.

“Saio do Japão com a sensação de missão cumprida e bem contente por ter dado esse passo importante, que foi cumprir o índice da CBVela e do Comitê Olímpico Brasileiro. O fato de estar elegível para a equipe do Brasil que vai competir em Tóquio, em 2020, é um motivo a mais para trabalhar, pois esse Mundial mostrou que, para atingir o objetivo de andar entre os top 5 e chegar ao top 3, ainda existem detalhes da minha velejada que preciso aprimorar. Esse vai ser o foco para os próximos meses”, comentou Scheidt, que é patrocinado por Banco do Brasil e Rolex e conta com o apoio do COB e CBVela.

Scheidt está classificado e muito perto de disputar a sétima olimpíada, mas ainda precisará esperar até a convocação. De acordo com o critério estabelecido pelo Conselho Técnico da Vela (CTV) e ratificado pela Confederação Brasileira de Vela (CBVela), o bicampeão olímpico só perde a vaga se outro atleta do Brasil for medalhista no Evento-Teste de Enoshima/2019 ou subir ao pódio no Mundial da Laser em 2020. “Vou competir na raia olímpica, em agosto, em Enoshima com objetivo de ratificar a vaga e buscar evolução para estar em condições de brigar por medalha em Tóquio”, garante Robert.

Mundial 2019 – As regatas em Sakaiminato foram de altos e baixos para Scheidt. Nos primeiros dias, com vento forte, ele andou sempre entre os top 5. A partir da flotilha ouro, a velocidade do vento diminuiu e os problemas aumentaram para o brasileiro. No último dia da competição, ele voltou a enfrentar dificuldades, cruzando a linha de chegada em 21° e 32°. Contudo, manteve a 12ª posição, 13 a frente de Bruno Fontes, concorrente direto à vaga na equipe brasileira, que terminou em 25° no geral. O título do Mundial ficou com o australiano Tom Burton.

O Campeonato Mundial foi a terceira grande competição de Scheidt em seu retorno à classe Laser. Entre o final de março e início de maio, disputou o Troféu Princesa Sofia e a Semana de Vela de Hyères. O brasileiro tem apresentado evolução constante na classe Laser. Em ambas as disputas, ficou a apenas uma posição da medal race. Além disso, Robert chegou para o Campeonato Mundial de Sakaiminato embalado pelo título europeu da classe Star. Agora, segue em busca da sexta medalha, a quarta na Classe Laser, na qual acumula os ouros em Atlanta/1996 e Atenas/2004 e uma prata (Sidney/2000).

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)

181 títulos – 89 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Europeu de Star.

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Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

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