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Pindamonhangaba recebe estudo inédito sobre alimentação e nutrição infantil

No estado de São Paulo, inquérito visitará mais de 1.500 domicílios para avaliar estatura, peso e exames de sangue de crianças de até cinco anos. (Foto: Divulgação)

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), pesquisa da UFRJ encomendada pelo Ministério da Saúde, chega a Pindamonhangaba. Em todo o estado de São Paulo, serão percorridos 1.530 domicílios de 14 cidades, até setembro.

Essa é a quinta fase do inquérito, que, pela primeira vez no país, coletará informações detalhadas sobre hábitos alimentares, peso e altura de crianças de até cinco anos. Também serão realizados exames de sangue nos participantes com mais de seis meses de vida e o mapeamento sanguíneo de 12 micronutrientes, como os minerais zinco e selênio, e vitaminas do complexo B, além de investigadas informações sobre amamentação, doação de leite humano, consumo de suplementos de vitaminas e minerais, habilidades culinárias, ambiente alimentar e condições sociais da família. Ao todo, 15 mil famílias serão visitadas pelos pesquisadores do Enani, em 123 municípios brasileiros.

O objetivo do estudo é obter dados inéditos sobre o crescimento e o desenvolvimento infantil para compor um retrato da nutrição infantil no Brasil, que possa subsidiar a elaboração de políticas públicas na área de saúde e nutrição no futuro. O coordenador nacional do Enani, o pesquisador Gilberto Kac, destaca que um inquérito tão completo como este trará informações inéditas sobre alimentação infantil e o perfil de deficiência de vitaminas e minerais das crianças brasileiras.

“Os dados sobre estado nutricional antropométrico poderão ajudar a responder, por exemplo, se a desnutrição está realmente diminuindo como um problema epidemiológico. Por outro lado, o estudo deverá corroborar a acertada definição do Ministério da Saúde em indicar a prevenção da obesidade com prioridade em sua agenda”, adianta o pesquisador.

Visitas domiciliares
A 5ª fase do Enani visita, entre agosto e setembro, 2.760 domicílios em São Paulo e Goiás. Em São Paulo, 1.530 domicílios serão percorridos em 14 cidades: Araraquara, Campinas, Diadema, Guarulhos, Itaquaquecetuba, Osasco, Pindamonhangaba, Ribeirão Preto, Santo André, São Bernardo do Campo, São José dos Campos, São Paulo, São Vicente e Sorocaba.

O Enani percorre, desde março, 8.540 casas em 15 estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná, Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima e Tocantins, nas quatro primeiras fases da pesquisa. Até o fim do ano, todos os estados brasileiros receberão os pesquisadores de campo.

Segurança
As visitas domiciliares do Enani são realizadas por pesquisadores de campo identificados com camisas e crachás contendo o nome e a fotografia do entrevistador, além do logotipo do Ministério da Saúde. Os dados informados são sigilosos e, em hipótese alguma, os nomes das crianças ou dos seus responsáveis serão identificados.

A participação dos indivíduos é voluntária. No início da pesquisa, o entrevistador explica todos os procedimentos e entrega aos participantes um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Esse documento informa sobre todos os detalhes do estudo e orienta como o selecionado pode entrar em contato com a central do estudo para tirar dúvidas, incluindo a opção gratuita de ligar para o número 0800 808 0990. A realização da pesquisa segue rigorosa metodologia científica e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFRJ.

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