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América Latina e Caribe estão mais perto de eliminar mortes pela Raiva

O Dia Mundial Contra a Raiva é lembrado anualmente em 28 de setembro. (Foto: PANAFTOSA)

Os países da América Latina e do Caribe estão mais perto do que nunca de alcançar a eliminação das mortes humanas causadas pela raiva canina, com apenas cinco casos registrados nos últimos 12 meses na região. O anúncio foi feito pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), às vésperas do Dia Mundial contra a Raiva, lembrado todo dia 28 de setembro.

Segundo a OPAS, o Haiti e a República Dominicana são, hoje, os únicos países do continente onde a raiva canina tem provocado morte de pessoas. O organismo internacional estabeleceu a meta de eliminar os óbitos humanos por essa causa até 2022.

Desde 1983, quando foram iniciadas as ações regionais contra a raiva coordenadas pela OPAS, os países da região das Américas reduziram em mais de 95% os casos novos dessa doença em humanos e em 98% em cães.

Assim, os casos em pessoas caíram de 258 para 13 no ano passado e os de cachorros diminuíram de 11.276 para 163 no mesmo período. Esse avanço foi resultado de campanhas de vacinação canina em nível regional, da conscientização da sociedade e da ampliação da disponibilidade do tratamento antirrábico que a pessoa afetada deve tomar após uma mordida.

“As conquistas na região são inegáveis, pois conseguimos reduzir drasticamente as mortes humanas causadas pela doença nas últimas décadas”, disse Carissa F. Etienne, diretora da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS).

A raiva é de extrema importância para a saúde pública, devido à sua letalidade: não há cura. No mundo, 60 mil pessoas morrem a cada ano por essa doença, principalmente na Ásia e na África. No entanto, é uma enfermidade que pode ser eliminada em seu ciclo urbano – onde é transmitida por cães e gatos – e por meio de medidas eficazes de prevenção, como a vacinação de animais, a disponibilidade de soro humano e vacina pós-exposição, ações de bloqueio de surtos, entre outras.

A única forma de interromper a transmissão da raiva é vacinar pelo menos 80% da população canina em áreas endêmicas. Na região das Américas, aproximadamente 100 milhões de cães são vacinados por ano. “Se queremos atingir a meta regional de eliminação da raiva até 2022, precisamos fortalecer os programas de raiva dos países para melhorar sua vigilância, bem como a cobertura vacinal de cães nas áreas de maior risco”, destacou Ottorino Cosivi, diretor do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa e Saúde Pública Veterinária (PANAFTOSA) da OPAS/OMS.

Além disso, para eliminar a raiva humana de origem canina, a OPAS/OMS recomenda garantir acesso oportuno à profilaxia pré e pós-exposição a 100% da população exposta ao vírus, além de manter alta vigilância epidemiológica, aumentar a conscientização da comunidade, e promover ações para impedir a reintrodução nos países onde foi controlada.

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Dia Mundial Contra a Raiva
O Dia Mundial Contra a Raiva é lembrado anualmente em 28 de setembro. A data é uma iniciativa da Aliança Mundial para o Controle da Raiva (GARC) e visa aumentar a conscientização sobre a prevenção dessa doença, bem como destacar os progressos realizados. O dia 28 de setembro marca também a data do aniversário da morte de Louis Pasteur, químico e microbiologista francês que criou a primeira vacina antirrábica.

O lema deste ano, “Raiva: vacinar para eliminar”, destaca a importância do compromisso global para acabar com a transmissão da raiva entre cães e humanos.

As vacinas são a principal arma para combater essa enfermidade. Vacinar o maior número possível de cães em uma região cria imunidade coletiva, retardando a progressão das infecções por raiva entre os cães e reduzindo a possibilidade de pessoas serem vítimas dessa doença.

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