Hospital Regional bate novo recorde na captação órgãos para transplante

Balanço mostra avanço de 50% no número de doadores viáveis em 2019, em comparação ao ano anterior. (Foto: Divulgação AI-HR)

Em setembro o Brasil chama a atenção para a Campanha ‘Setembro Verde’, iniciativa que marca o mês em comemoração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado no dia 27 de setembro. A data foi instituída em 2014, pela lei federal nº 15.463, com o principal objetivo de conscientizar a população sobre a importância de ser doador de órgãos.

Por isso, o Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté/SP, realizou um levantamento sobre o número de captações de órgãos para transplante, que revelou um novo recorde no comparativo entre 2019 e 2018. Ao todo, o Hospital foi responsável por 12 captações efetivas entre janeiro e agosto deste ano contra 8 no mesmo período do ano passado. O resultado foi o aumento de 50% no processo de conscientização de famílias que consentiram em doar órgãos de seus familiares.

De acordo com o Diretor Médico do HR, Dr. Caio Soubhia Nunes, o saldo positivo reflete o trabalho da comissão Intra-Hospitalar, formada por uma equipe multiprofissional que atua de forma a garantir segurança e qualidade durante todo o processo, tendo o tempo como fator de maior desafio. “Como o paciente se encontra em morte encefálica é muito difícil manter a viabilidade dos órgãos e quanto menor o tempo entre o diagnóstico e a doação mais vidas poderão ser salvas”.

Entre os profissionais que compõem a comissão estão os membros das áreas assistenciais, que atuam como multiplicadores e auxiliadores do processo junto aos médicos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s), da Neurocirurgia e do Serviço de Emergência, que geralmente são os profissionais responsáveis pelo diagnóstico e protocolo de morte encefálica.

A constatação de morte encefálica é um processo complexo que leva cerca de 24h. O paciente (potencial doador) passa por diversos exames, a fim de confirmar o diagnóstico. Desde o início a família do paciente é informada sobre todos os passos dados pelas equipes médicas e de enfermagem. “Percebemos que, quando a pessoa já falou sobre o assunto com o seu círculo familiar, essa decisão fica mais fácil, pois querem respeitar a decisão que o ente tomou em vida”, comenta o médico.

No Brasil, a doação de órgãos só acontece após autorização familiar, independente de qualquer manifestação por escrito por parte do paciente.

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Até o momento, pelo menos 53 vidas foram beneficiadas com as 12 captações de órgãos que partiram do HR nos primeiros 8 meses do ano. Ao todo, foram captados 2 corações, 22 rins, 18 córneas, 10 fígados, e 1 pâncreas. Os órgãos são destinados para pacientes com compatibilidade triados pela Organização para Procura de Órgãos (OPO) de Campinas, responsável pela região.

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