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Redentoristas celebram duplo Jubileu em Aparecida

Congregação recorda 125 anos da chegada dos primeiros religiosos à Aparecida e 75 anos da criação da Província de São Paulo. (Foto: Thiago Leon)

A Congregação do Santíssimo Redentor celebra na próxima sexta-feira (18), 125 anos de sua presença em Aparecida (SP) e os 75 anos da criação da Província Redentorista de São Paulo. A data será marcada por procissão e missa na Basílica da Padroeira do Brasil, cuidada pela família religiosa desde a chegada dos primeiros religiosos no município.

Recordando a chegada dos Missionários, uma procissão sai da Praça da Basílica Velha às 15h, em direção a Nova Basílica. No Altar Central do maior templo dedicado à Virgem Maria no mundo, uma missa às 18h celebra em ação de graças pelos Jubileus Redentoristas.

A escolha dos locais não se deu por acaso. A histórica Praça foi o local de chegada dos primeiros Missionários, após mais de um mês da saída do grupo da Baviera, de onde foram chamados para trabalhar em Aparecida.

Na noite de sua chegada, foram acolhidos com festa pela população local. No dia seguinte, conheceram a meta das peregrinações e de sua própria jornada, o então Santuário Arquiepiscopal de Nossa Senhora Aparecida, como era chamada na época a atual Basílica Velha.

“Logo no outro dia os padres e irmãos recém-chegados foram conhecer o Santuário e a Imagem de Nossa Senhora. Ficaram impressionados, porque assim como a Virgem de Altötting, devoção que eles cuidavam na Alemanha antes de vir ao Brasil, a Imagem de Aparecida também era negra”, explica o padre Inácio de Medeiros, Missionário Redentorista e mestre em História da Igreja.

Os pioneiros alemães passaram a residir ao lado da Praça e da Basílica, onde hoje existe um Convento em que vivem padres e irmãos. Atualmente, no mesmo espaço, também está localizado o Memorial Redentorista. No local, estão sepultados os religiosos paulistas, entre eles o Servo de Deus Padre Vitor Coelho de Almeida, sacerdote da Congregação que está em processo de beatificação, podendo ser elevado aos altares.

O espaço foi a casa dos Missionários que trabalhavam no atendimento aos peregrinos de Aparecida até 1982, quando parte dos padres e irmãos se mudou para o Convento do Santuário. O Convento da Basílica Nova abriga a maior comunidade redentorista da Província, com 37 padres e irmãos que trabalham diretamente na acolhida aos peregrinos.

“Os redentoristas brasileiros estão até hoje Aparecida. Aprenderam com os alemães a devoção a Nossa Senhora Aparecida, o atendimento constante e o entusiasmo pelos romeiros e suas romarias”, conta o padre Victor Hugo Lapenta, também redentorista e coordenador bens culturais Arquidiocese de Aparecida.

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Além do trabalho na Nova Basílica, os religiosos da Congregação do Santíssimo Redentor da Província de São Paulo também estão presentes em outras 21 comunidades, espalhadas pelo estado. Deste número, três equipes são direcionadas exclusivamente à pregação das Missões, uma das principais marcas do carisma redentorista.

Madre Provincial – Nas comemorações do duplo Jubileu, grande parte dos cerca de 200 padres e irmãos que atuam na província paulista vão participar das celebrações em Aparecida. Na oportunidade, eles realizam uma peregrinação até a Imagem original da Padroeira, que para este grupo de religiosos, possui um significado ainda mais especial.

“Em 28 de outubro de 1944, aconteceu a criação da Província de São Paulo, durante uma celebração na Basílica Velha. O padre Geraldo Pires foi nomeado provincial. Com carinho e piedade, ele proclamou Nossa Senhora Aparecida Madre Provincial da Província nascente. Isso foi depois confirmado no comunicado escrito do novo Governo Provincial a todos os confrades”, recorda padre Victor.

Frentes de trabalho – Junto a pregação das Missões e o atendimento aos peregrinos de Aparecida, os Missionários Redentoristas da Província de São Paulo também se dedicam a outras atividades. Entre as frentes de trabalho estão a evangelização pelos meios de comunicação, na Rede Aparecida e as obras sociais, como os centros de assistências sociais mantidos em diversos municípios do estado.

Além disso, o ensino e estudo da Doutrina Católica é difundido por meio da produção de publicações religiosas. A atividade é um legado deixado pelo fundador da Congregação, Santo Afonso Maria de Ligório. Considerado Doutor da Igreja, o santo teve como um dos pilares de sua evangelização a defesa e difusão do catolicismo através de livros, editados até hoje e famosos em todo o mundo.

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