Sesc Taubaté oferece programação voltada a cultura afro-brasileira

(Foto: Divulgação/Sesc)

O projeto Do 13 ao 20: (RE)Existência do Povo Negro, faz alusão ao 13 de maio e ao 20 de novembro e engloba ações que objetivam o fortalecimento e o reconhecimento da cultura negra, bem como o incentivo à convivência e o respeito pelas diferenças, com o intuito de refletir sobre a construção das identidades e valorizar a pluralidade de manifestações e expressões culturais

No dia 7, às 20h, acontece o show Nômade, com Lenna Bahule. Inspirado no interesse e pesquisa da cantora moçambicana Lenna Bahule sobre a música vocal e sobre a regência alternativa, o show apresenta não somente o repertório do seu primeiro CD, Nômade, mas também músicas de tradição moçambicanas e africanas, de uma forma bastante espontânea e performática.

O show apresenta uma formação musical inspirada na música popular, ancestral e natural de vozes e percussão, onde o corpo também funciona como instrumento melódico, harmônico e rítmico.

Dia 10, às 16h, O Sesc apresenta o espetáculo Nimba, com Trupe Benkady. A Nimba é um ser misterioso que pertence ao mundo da fantasia, originária dos povos Baga que vivem na Guiné, África; ela é evocada em cerimônias da dança da colheita do arroz, a fim de procurar a fertilidade dos campos.

Utilizando elementos e simbologias femininas da natureza, presentes nas deusas e na própria “mãe terra”, em diálogo com a dança africana, o espetáculo busca gerar uma reflexão sobre esta essência maternal existente em cada um de nós, que vai para além de ser mulher, no sentido do sexo e das características físicas, e que tem o poder de se manifestar no tempo e espaço que quiser. Nimba é uma homenagem ao espírito feminino existente em todos os seres.

Já no dia 14, às 20h, ocorre o show Um Corpo no Mundo, com Luedji Luna. A cantora e compositora baiana reuniu em seu primeiro disco, Um Corpo no Mundo (2017), MPB, samba, vertentes musicais africanas, batuque baiano e jazz, com letras que abordam temas sociais, principalmente no que se refere à identidade afrobrasileira.

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O trabalho ganhou o Prêmio Afro (2017) e o Prêmio Bravo (Revelação 2018), além de ser selecionado para o festival norte-americano SXSW (2019) e para a feira SIM São Paulo. Luedji também vem participando dos principais festivais de música, como Coquetel Molotov (Recife/ PE), Radioca (Salvador/BA) e Breve (Belo Horizonte/MG).

No dia seguinte, 15, às 16h, O Sesc oferece show com Selma Uamusse. Vivendo em Lisboa, mas natural de Maputo (Moçambique), a cantora apresenta uma sonoridade que transita entre o jazz, o soul e o rock com uma presença musical marcante da rítmica moçambicana. No show do Sesc Taubaté, Selma traz músicas tradicionais africanas integradas a uma produção eletrônica carregada de psicodelismo, em que o ponto de chegada é o continente africano.

Nos dias 16, 23 e 30, às 15h, acontece a aula aberta de dança Afro Contemporâneo, com o dançarino e coreógrafo Suarrily D’França.

A dança afro, que ajudou a firmar a dança moderna no Brasil nos anos 1950, dialoga nestas aulas com a dança contemporânea, abrindo-se para a ancestralidade dos movimentos vinculados à herança africana e a releituras destes movimentos. As aulas são abertas para iniciantes e iniciados em dança.

Finalizando as atividades dessa temática, no dia 26, às 19h30, ocorre o bate-papo Afrofuturismo, com a filósofa Karolina Desirée e o escritor Fabio Kabral. O Afrofuturismo é uma estética cultural, filosofia da história e da arte que combina elementos de ficção científica e histórica, fantasia, arte africana e da diáspora, afro centrismo e realismo mágico com cosmologias não-ocidentais para criticar não só os dilemas atuais dos negros, mas também para revisar, interrogar e reexaminar eventos históricos do passado.

Fábio e Karolina conversarão com o público e apresentarão exemplos em textos e imagens que revelam o instigante e inspirador ideário afrofuturista.

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