A dupla brasileira Reinaldo Varela/Gustavo Gugelmin venceu, nesta segunda-feira (13), a oitava etapa do Rally Dakar, que está sendo realizado pela primeira vez na Arábia Saudita. Campeões da prova em 2018 na categoria UTV, o duo da equipe Monster Energy/Can-Am completou os 474 km de especiais do dia (trechos cronometrados em alta velocidade) em 4h50min48s. Ao todo, incluindo os 239km de deslocamentos, nesta segunda-feira os participantes percorreram 713km. Depois da inusitada quebra da barra de direção adaptada pela equipe logo no primeiro dia de corrida, fato que os relegou ao 36º lugar, os brasileiros agora ocupam a 10ª posição, executando uma corajosa prova de recuperação no deserto saudita.
O trajeto todo foi realizado na região de Wadi Al-Dawasir, com destaque para o percurso em cânions e montanhas, além de trechos de velocidade pura, com os pilotos tirando o máximo de seus veículos. Devido ao luto pelo falecimento do motociclista português Paulo Gonçalves, ontem em pleno deserto, as categorias moto e quadriciclo não competiram nesta segunda-feira. Apenas UTVs, carros e caminhões largaram para a oitava etapa. Mas o grid completo estará em ação a partir de amanhã.
“Esta especial foi bem ao nosso estilo, mesclando velocidade e trechos nos quais a navegação do Gustavo sempre faz a diferença”, comenta Reinaldo Varela. “Andamos forte quando era possível e fomos ágeis na hora que precisamos. O nosso UTV, um Can-Am Maverick X3, foi novamente um guerreiro – resistiu bravamente à pancadaria constante. É uma combinação muito boa em uma corrida longa, cansativa e cheia de adversidades como tem sido esse Dakar”, avaliou o piloto, lembrando que até agora os competidores percorreram 5.165 km, a maior parte no deserto.
Expectativa – Em termos de extensão, o percurso desta terça-feira será o maior de toda a 42ª edição do Rally Dakar. “O trajeto deve ter 891km no total, com praticamente a metade, 415km, de especiais”, observa Gustavo Gugelmin. “A informação que temos é que deve ser o trecho com menos extensões de areia. Mas isso não quer dizer que será mais fácil. Neste Dakar, a maior dificuldade tem sido justamente fora das dunas, com a quantidade e o tamanho das pedras – algumas delas capazes de destruir o carro em uma batida ou fazê-lo capotar, como já aconteceu várias vezes nos últimos dias. Só amanhã vamos saber exatamente o que nos espera”, conclui o navegador da equipe Monster Energy/Can-Am.