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Penitenciária de Potim organiza encontro cultural

Acesso à cultura como processo de ressocialização e oportunidade para reconquistar a autoestima e a dignidade dos reeducandos foram as apostas da Penitenciária II de Potim com a promoção da 1ª edição de uma mostra cultural na Ala de Progressão Penitenciária do presídio.

Realizada em 17 de dezembro de 2019 pelo Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde (CRAS) e pelo Centro de Trabalho e Educação (CTE), a ação contou com apresentações musicais, teatro de fantoches e concurso de poesia.

Durante o encontro, os presentes assistiram a um vídeo produzido pelo reeducando Gilson, de 33 anos. “Selecionei trechos de poemas sobre paz e amor ao próximo”, explicou. “Eu percebo que isso acaba mudando (para melhor) a mentalidade dos outros colegas, de forma geral”, completou. Um teatro com fantoches de tema natalino, desenvolvido pelos presos, também foi apresentado para os convidados, funcionários e população carcerária.

Para a diretora do Cras no presídio, Ivonete Bastos, o evento superou as expectativas graças ao bom planejamento e a ampla participação dos internos. “O que me chamou atenção foram as habilidades artísticas presente em cada um dos reeducandos”, afirmou. “O espaço oferecido para as apresentações artísticas é de suma importância para que os presos se sintam reconhecidos e valorizados enquanto seres humanos integrantes da sociedade”, disse.

Poesia

A 1ª edição da mostra cultural preparou ainda um concurso de poesias. Ao todo, 36 sentenciados participaram da atividade e os dez finalistas foram selecionados para a avaliação de jurados convidados. Os critérios do júri foram baseados na coerência da escrita, qualidade da expressão verbal e fidedignidade ao tema.

Reeducando recita texto no concurso de poesias. (Foto: SAP)

O interno Rogério, de 40 anos, foi o vencedor. O detento, que trabalhava como compositor antes de ser preso, conta que é apaixonado por escrever desde criança e que o concurso trouxe alívio mental aos participantes. “Foi um estímulo para crescer como pessoa e para fazer o bem, a partir das reflexões sobre o assunto proposto”, disse.

Para o diretor do Centro de Trabalho e Educação do presídio, André Rodrigues, o concurso foi uma oportunidade de evoluir como indivíduo. “Essas ações proporcionam aos detentos a conquista do autoconhecimento, além de nos relacionarmos com os outros”, afirmou.

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