Uma nova página online da Operação Acolhida, a resposta humanitária do governo federal ao fluxo de venezuelanos e venezuelanas ao Brasil, que conta com o apoio de agências das Nações Unidas no país e parcerias da sociedade civil, será lançada nesta quinta-feira (16) em evento no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), com a presença do presidente Jair Bolsonaro.
Na ocasião, o general Eduardo Pazuello, à frente dos trabalhos humanitários desde o começo, entrega a capitania ao general Antônio de Manoel Barros. Formado pela Academia Militar das Agulhas Negras, general Barros é mestre em Operações Militares e doutor em Ciências Militares, integrando hoje o oficialato do Estado-Maior do Exército.
O evento marca também a nova fase da Operação Acolhida, que terá como prioridade promover e expandir o Programa de Interiorização de pessoas da Venezuela. A iniciativa envolve esforços logísticos para deslocar refugiados, refugiadas e migrantes por todo o país, com iniciativas voltadas à moradia e ao emprego, promovendo a inclusão socioeconômica.
O site da Operação Acolhida, que também será divulgado no evento, reúne, em um mesmo local, informações sobre o histórico da resposta humanitária, histórias e depoimentos de refugiados, refugiadas e migrantes, galeria de fotos e vídeos e os dados mais atualizados sobre o fluxo venezuelano. A página também promove a nova campanha da Fundação Banco do Brasil, onde cidadãos, cidadãs e instituições poderão fazer doações direcionadas à Operação Acolhida e fomentar a interiorização dos venezuelanos e venezuelanas.
Para participar do programa, a pessoa refugiada ou migrante deve estar com documentação civil e sanitária em dia, além de estar informada e de acordo quanto ao município de destino. Nesse esforço de inclusão de venezuelanos e venezuelanas na sociedade brasileira, mais de 89 mil carteiras de trabalho já foram confeccionadas para os refugiados e migrantes e um total de 246 mil CPFs foi emitido. As pessoas da Venezuela já receberam mais de 338 mil doses de vacinas e mais de 216 mil atendimentos sociais.
O fluxo de venezuelanos e venezuelanas é o maior êxodo da história recente da América Latina, e a ONU estima que mais de 4,5 milhões de pessoas já deixaram seu país de origem. Considerando a tendência atual, até o final de 2020 esse número deve ser de 6,5 milhões.
Apenas no Brasil, mais de 240 mil venezuelanos já entraram e permaneceram desde o início da crise migratória, em meados de 2016. Ao todo, mais de 560 mil pessoas já passaram pelos postos de atendimento em Roraima, que contam com 13 abrigos, com capacidade que deve chegar a 9 mil pessoas em 2020.
Coordenada pelo governo federal, a Operação Acolhida é capitaneada pelo Exército Brasileiro e conta com decisivo apoio material, logístico e pessoal de organismos internacionais e da sociedade civil, como a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), a Organização Internacional para as Migrações (OIM), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), ONU Mulheres, Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), entre outras.