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Scheidt garante vaga na flotilha ouro do Mundial da Classe Laser na Austrália

Scheidt está na flotilha ouro (Foto: Jon West Photography/Divulgação)

Bicampeão olímpico veleja entre os top 10 nesta quinta-feira (13), sobe da 37ª para a 29ª colocação e se classifica entre os 42 melhores velejadores que seguem na luta pelo pódio em Melbourne

Robert Scheidt está na flotilha ouro no Campeonato Mundial da classe Laser 2020. O bicampeão olímpico velejou entre os top 10 nesta quinta-feira (13), no Sandringham Yacht Club, em Melbourne, na Austrália, e garantiu a classificação.

Apresentando evolução dia a dia, ele cruzou a linha de chegada em 7° e 9° lugares nas duas regatas disputadas, subindo da 37ª para a 29ª colocação entre 124 velejadores. Apenas os 42 melhores seguem na luta pelo pódio.

“O terceiro dia foi melhor para mim aqui na Austrália. Consegui largar um pouco melhor e fiz duas regatas bem regulares. Uma pena a segunda disputa. Eu estava mais posicionado, mas acabei perdendo algumas posições na segunda volta da regata e cai para o nono lugar. Agora é foco total na flotilha ouro, que é praticamente outro campeonato que começa, com muitos pontos em jogo em mais seis provas. É continuar lutando e tentar melhorar cada vez mais”, avaliou o velejador patrocinado pelo Banco do Brasil e Rolex e que conta com o apoio do COB e CBVela.

Robert Scheidt tem subido posições regata a regata em Melbourne. Na abertura do Mundial, conseguiu um 16° e um 11° lugares, terminando na 40ª colocação.

No dia seguinte, fez 12° e 10°, subindo para 37° na classificação geral, já contando um descarte. Nesta quinta-feira, velejou entre os top 10 nas duas provas, ganhou oito posições e garantiu a vaga na flotilha ouro com o 29° posto, com 49 pontos perdidos. A liderança do campeonato segue com o alemão Philipp Bhul, com 6pp. O outro brasileiro na disputa, Gustavo Nascimento, ocupa o 84° lugar e vai disputar a flotilha bronze.

Classificado para a sétima Olimpíada – recorde entre os atletas brasileiros – Robert Scheidt disputa o Campeonato Mundial focado em elevar seu nível competitivo visando uma boa participação nos Jogos de Tóquio, a partir de julho. Aos 46 anos, é um veterano diante de velejadores até 20 anos mais jovens em uma classe que exige muito do corpo. “A meta principal é a Olimpíada, mas vou lutar até o fim pelo pódio aqui na Austrália”, garante ele, que é dono de 14 troféus de campeão do mundo – 11 na classe Laser e três na classe Star.

Desafio olímpico – Scheidt retornou à classe Laser em 2019, após quase três anos ausente, desde os Jogos do Rio/2016, onde terminou na quarta colocação mesmo vencendo a medal race. Nesse período de readaptação às novas técnicas e nova mastreação, cumpriu seu objetivo principal, que foi o índice para Tóquio, com o 12° lugar no Campeonato Mundial da Classe Laser 2019, em Sakaiminato, no Japão, em julho.

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Na volta à vela olímpica, Scheidt disputou outras três grandes competições. A última foi o Ready Steady Tokyo, no final de agosto de 2019, em Enoshima, quando terminou em 10° lugar, chegando à medal race pela primeira vez desde que decidiu interromper a aposentadoria da classe Laser. Ele ficou próximo da regata da medalha no Troféu Princesa Sofia e na Semana de Vela de Hyères.

Maior atleta olímpico brasileiro

Cinco medalhas:
Ouro : Atlanta/96 e Atenas/2004 (ambas na Classe Laser)
Prata : Sidney/2000 (Laser) e Pequim/2008 (Star)
Bronze : Londres/2012 (Star)

181 títulos – 89 internacionais e 92 nacionais, incluindo a Semana Internacional do Rio, o Campeonato Brasileiro de Laser e a etapa de Miami da Copa do Mundo, todos em 2016. Em novembro de 2017, pela Star, conquistou a Taça Royal Thames e, neste domingo, o Europeu de Star.

Laser
– Onze títulos mundiais – 1991 (juvenil), 1995, 1996, 1997, 2000, 2001, 2002*, 2004 e 2005 e 2013
*Em 2002, foram realizados, separadamente, o Mundial de Vela da Isaf e o Mundial de Laser, ambos vencidos por Robert Scheidt
– Três medalhas olímpicas – ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000

Star
– Três títulos mundiais – 2007, 2011 e 2012*
*Além de Scheidt e Bruno Prada, só os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode venceram três mundiais velejando juntos, na história da classe
– Duas medalhas olímpicas – prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012

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