
Número de motoristas alcoolizados multados é menor, mas ainda muito alto. A cada 42 testes, um apontou ingestão de bebida alcoólica
A Operação Carnaval 2020 da Polícia Rodoviária Federal terminou na meia-noite de quarta-feira (26) e apontou aumento do número de aciden4tes graves e de feridos. Apesar disso, o número total de acidentes diminuiu e o número de mortos foi o mesmo que em 2019.
As três mortes registradas ocorreram em período sem iluminação natural. O Primeiro ocorreu no domingo (23), às 5 horas, quando uma colisão seguida de capotamento aconteceu em São José dos Campos, na rodovia Presidente Dutra. O segundo óbito foi o atropelamento de uma pessoa não identificada ocorrido também no domingo (23), na Dutra, às 23h10, em Caçapava. O último acidente fatal ocorreu na Régis Bitencourt. Uma carreta perdeu o controle, saiu da pista e capotou em Barra do Turvo, às 5h30. O motorista era o único ocupante.
As fiscalizações foram intensificadas e, conforme esperado, o número de testes com etilômetro foi bastante maior neste ano – 82% em comparação a 2019. Foram 4.864 testes, com 116 multas e 6 pessoas presas. Com isso, a cada 42 testes, um motorista era flagrado dirigindo sob efeito de álcool. Apesar de a quantidade menor de flagrantes, o número é alto. A conduta é tão perigosa que a multa para essa infração é cara: R$ 2.934,70. Ela é gravíssima e multiplicada por 10 vezes, resulta em 7 pontos da CNH e leva ao processo de suspensão do direito de dirigir. Se reincidir em menos de 12 meses, terá a nova multa com o valor dobrado.
Outra conduta perigosa que mereceu reforço no pedido de cuidado antes e fiscalização durante a operação foi a ultrapassagem proibida. Foram 145 flagrantes de imprudência, sendo 32% maior que em 2019, quando já houve um número alto de flagrantes – 110. Também a falta do uso do cinto de segurança ou dispositivos para as crianças chamou a atenção. Houve aumento de 40% em autuações, sendo 340 em 2020, contra 242 no ano passado. Outra conduta que foi mais percebida pelos PRFs nas rodovias federais em São Paulo foi o uso de telefone celular pelo motorista durante a condução. Foram 46 flagrantes neste carnaval, contra 31 no do ano passado – aumento de 48%. No total, foram 3.412 autos de infrações registrados pelos policiais rodoviários federais no estado.
As gravidades de algumas dessas infrações são:
Ultrapassar pela contramão outro veículo – Gravíssima multiplicada por cinco vezes. R$ 1.467,35;
Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança – Grave. R$ 195,23;
Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais – Gravíssima. R$ 293,47;
Condutor segurando ou manuseando telefone celular – Gravíssima. R$ 293,47.
A Operação Carnaval 2020 começou a zero hora de sexta-feira (21) e terminou na meia-noite de quarta (26). Em 2019 ela aconteceu entre 1º a 6 de março, houve 76 acidentes, com 90 feridos e 3 mortos. Apesar da redução dos números de acidentes e mortes no ano passado, os números de infrações por alcoolemia e falta do uso do cinto de segurança chamaram a atenção para o planejamento de ações da PRF.