Em época de pandemia do coronavírus, outra doença que vem crescendo acentuadamente em Pindamonhangaba é a dengue. Atualmente, a cidade acumula 866 casos positivos no município, referentes ao período de janeiro a abril de 2020. “Ao compararmos o mesmo período de 2019, crescemos de 1.667% um aumento de 817 casos. Já em relação ao ano completo de 2019, crescemos 346% um aumento de 672 casos”, analisou o diretor do Departamento de Proteção aos Riscos e Agravos à Saúde, Rafael Lamana.
Segundo ele, “Atribuímos o aumento nos casos, à nova circulação do sorotipo viral, DEN2, às mudanças climáticas em curto espaço de tempo e parte da população que deixa a desejar quanto à limpeza ambiental de seus imóveis ou descarte irregular de matérias inservíveis”. Ainda, um fato novo, é o crescimento da negativa na permissão do agente controle de vetores no acesso aos imóveis, sob argumento do coronavírus.
Para que não haja dúvidas da população, os agentes estão paramentado com os EPI´s necessários e acessando apenas a parte externa dos imóveis (varanda, quintal, corredores…) justamente para manter a segurança dos agentes e também da população.
“Estas visitas casa a casa, se fazem necessárias visto a não participação da população no combate ao Aedes aegypti”, complementa Lamana.
A negativa injustificada do acesso aos agentes de controle de vetores pode acarretar em multa no valor de R$ 289,86 ao munícipe. Na mesma linha, ao serem encontrados criadouros da larva do mosquito Aedes aegypti, o infrator poderá também ser autuado variando de R$ 483,10 a R$1.932,40 a depender da quantidade de criadouros com a presença da larva do mosquito.
“Chamamos atenção da população, que neste momento em que estamos em isolamento social, que se possa ter um olhar crítico a qualquer superfície que possa acumular água e servir de criadouro da larva do mosquito, desta maneira fazendo o manejo correto ou o descarte corretamente”, destacou Rafael Lamana.