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ACNUR e OIM agradecem doações para refugiados e migrantes da Venezuela

Família Warao da Venezuela fotografada em abrigo em Manaus, no Brasil, para onde foi realocada durante a pandemia da COVID-19. Foto: Felipe Irnaldo/ACNUR

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) comemoram hoje os compromissos assumidos pelos doadores no valor de 2,79 bilhões de dólares, incluindo 653 milhões em doações, durante a Conferência Internacional de Doadores em Solidariedade a Refugiados e Migrantes Venezuelanos na América Latina e Caribe.

A Conferência, convocada pela União Europeia (UE) e Espanha, com o apoio do Canadá, Noruega, ACNUR e OIM, teve como objetivo mobilizar o apoio a uma das maiores crises de deslocamento do mundo, que agora é exacerbada pela pandemia da COVID-19.

Os doadores, durante a conferência, confirmaram o financiamento para apoiar refugiados, migrantes e comunidades anfitriãs em países da região onde os venezuelanos têm encontrado segurança, saúde e empregos.

Segundo o Representante Especial Conjunto ACNUR-OIM, Eduardo Stein, essas contribuições farão uma diferença real na vida de refugiados e migrantes da Venezuela, que foram extremamente afetados pela pandemia.

“Os países da região responderam a esse deslocamento sem precedentes com notável solidariedade e hospitalidade, enquanto enfrentavam desafios significativos para suas próprias economias e o tecido social de suas sociedades. Nos próximos meses, será crucial manter a liderança e o compromisso demonstrados hoje em apoio a refugiados, migrantes e seus anfitriões”.

Até o momento, mais de cinco milhões de refugiados e migrantes da Venezuela buscaram segurança e proteção em todo o mundo. A grande maioria, cerca de 80%, está hospedada em países da América Latina e do Caribe.

As conseqüências econômicas e de saúde da pandemia da COVID-19 causaram estragos em suas vidas e nas de seus anfitriões. Os refugiados e migrantes venezuelanos enfrentam agora uma infinidade de desafios, incluindo a perda de renda e meios de subsistência diários para cobrir necessidades básicas, como abrigo, alimentação e assistência médica. Muitos também correm o risco de serem expostos à violência, estigmatização, exploração e abuso de gênero.

“Em meio à atual emergência mundial de saúde, muitos refugiados e migrantes da Venezuela correm o risco de ficar de fora dos programas de saúde e bem-estar social, especialmente aqueles em situação irregular”, disse o Representante Especial Conjunto ACNUR-OIM.

“Os compromissos assumidos hoje para apoiar os esforços humanitários oferecem esperança a muitas famílias que perderam tudo o que tinham. Agradecemos à Espanha e à União Europeia por sua liderança neste processo e agora ao Canadá por fazer parte do comprimisso e dar continuidade ao assunto”.

A Conferência segue o compromisso assumido durante a conferência de solidariedade em Bruxelas, em outubro de 2019, de mobilizar fundos humanitários adicionais para refugiados e migrantes da Venezuela e para suas comunidades anfitriãs, além de apoio financeiro para sua integração socioeconômica nos países receptores.

No início deste mês, organizações humanitárias que compõem a resposta da Plataforma Regional de Coordenação entre Agências – R4V, Resposta a Venezuelanos – em 17 países da América Latina e no Caribe, revisaram o Plano Regional de Resposta a Refugiados e Migrantes (RMRP). O Plano, que foi lançado inicialmente em novembro do ano passado, apoia os esforços dos governos da região para atender às necessidades mais urgentes de refugiados e migrantes da Venezuela, além de garantir sua integração e inclusão nos sistemas nacionais.

Os requisitos do RMRP totalizam US$ 1,41 bilhão. Cerca de um terço dos quais são para atividades específicas da COVID-19. Criticamente subfinanciado, apenas 10% (US$ 142 milhões) dos requisitos de financiamento do Plano foram atendidos antes da conferência.

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