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ACNUR e parceiros promovem agenda nacional para celebrar Dia Mundial do Refugiado no Brasil

Refugiados e migrantes venezuelanos indígenas Warao são realocados para um espaço seguro em Manaus (AM) durante a pandemia de COVID-19. (Foto: ACNUR/Felipe Irnaldo)

Atividades artísticas e de entretenimento com a população refugiada, eventos virtuais nas redes sociais e a divulgação das tendências sobre o deslocamento forçado no mundo marcam, neste ano, as celebrações em torno do Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) no Brasil.

A agenda está sendo organizada pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e seus parceiros. O governo brasileiro estima que o Brasil tem cerca de 43 mil pessoas reconhecidas como refugiadas de mais de 50 nacionalidades, além de quase 300 mil solicitantes de refúgio.

No Norte do Brasil, os cerca de 6,5 mil refugiados e migrantes venezuelanos abrigados pela Operação Acolhida (resposta governamental à parcela mais vulnerável desta população) e governos locais estão envolvidos na produção de desenhos, poesias e outras manifestações artísticas sobre seu futuro no Brasil.

Em vários dos abrigos existentes em Boa Vista (RR), espaços comuns destas instalações (paredes, muros, banheiros etc.) estão sendo pintados pelos moradores, que compartilhando sua visão do presente e seus sonhos, e tornando mais agradável o ambiente onde vivem.

Em todas estas atividades estão sendo consideradas os critérios de distanciamento recomendados pela pandemia do novo coronavírus. Imagens desta produção artística feita por refugiados e migrantes venezuelanos serão divulgadas pelas redes sociais do ACNUR Brasil e disponibilizadas no site www.acnur.org.br.

“O novo coronavírus está fazendo o mundo se sentir mais vulnerável, pois não respeita fronteiras, ameaça as pessoas e transforma a vida como conhecemos. Esta crise mostra que temos um papel a cumprir, que todas as pessoas fazem a diferença e que cada ação é importante”, afirma o representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.

Refúgio no mundo
Com informações atualizadas sobre refúgio e outras formas de deslocamento forçado no mundo, o relatório anual do ACNUR “Tendências Globais 2019” será lançado virtualmente no dia 18 de junho, às 10 horas (horário de Brasília), com a participação do Representante Adjunto do ACNUR no Brasil, Federico Martinez, do coordenador-geral do Comitê Nacional para Refugiados, Bernardo Laferté, da diretora executiva do Museu da Imigração, Alessandra Almeida, e da refugiada empreendedora venezuelana Yilmary de Perdomo.

As inscrições para o lançamento já estão abertas e devem ser feitas pelo formulário disponível aqui. A apresentação do relatório será seguida de coletiva de imprensa.

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Também no ambiente virtual, o ACNUR e seus parceiros realizarão várias atividades nas redes sociais, debatendo temas como o impacto da COVID-19 na mobilidade humana, a autossuficiência das pessoas refugiadas e aspectos legais do refúgio.

A cultura também terá destaque nesta agenda virtual. No dia 19, às 16hs, o ACNUR e o SESC-SP promovem a leitura do livro infantil “Amal e a viagem mais importante de sua vida”, da jornalista Carolina Montenegro. Esta “contação” de história para crianças brasileiras e refugiadas acontecerá no Instagram, nos canais ACNUR Brasil e Caçando Estórias.

No dia 21, às 15h, acontece canal do ACNUR Brasil no Youtube a “Live de Todos os Povos”, com exibição de documentário sobre a “Orquestra Mundana Refugi” e uma homenagem especial do músico brasileiro Chico Buarque às pessoas refugiadas.

No dia 23, será lançada em realidade virtual a exposição “Em Casa, no Brasil”, uma parceria com o SESC-SP que permitirá aos visitantes conhecer a estrutura de uma unidade de habitação usada em campos e abrigos para refugiados, além de ouvir depoimentos de pessoas refugiadas sobre suas lembranças e motivos no presente que as fazem se sentir em casa no país.

Em paralelo, o ACNUR e seus parceiros promovem uma série de seminários virtuais que irão debater o refúgio no Brasil e anunciar medidas de apoio à integração desta população. No dia 23, com o Governo de Minas Gerais, Prefeitura de Belo Horizonte, o Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados (SJMR) e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, será divulgado estudo de georreferenciamento amostral da população refugiada na capital mineira. Ainda em junho, com a Prefeitura de São Paulo será lançado o Plano Municipal de Políticas para Imigrantes da capital paulista.

“Nesse desafiador momento pelo qual passamos, a força das nossas comunidades reside na capacidade de atuar em prol do benefício comum, e queremos demonstrar que as pessoas refugiadas são parte desta solução”, ressalta o representante do ACNUR no Brasil.

Sobre o Dia Mundial do Refugiado
Desde 2001, o Dia Mundial do Refugiado é celebrado globalmente em 20 de junho, de acordo com resolução aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas. Para o ACNUR, a data é uma oportunidade para homenagear a coragem, a resiliência e a força de todas as mulheres, homens e crianças forçadas a deixar suas casas por causa de guerras, conflitos armados e perseguições. Estas pessoas deixam tudo para trás – exceto a esperança e o sonho de um futuro mais seguro.

“Neste ano, o Dia Mundial do Refugiado coincide com uma onda de protestos em todo o mundo contra o racismo. O ACNUR nasceu com a forte convicção de que somos todos e todas iguais em dignidade e direitos e que as pessoas perseguidas por causa de suas crenças ou características – inclusive a raça – têm o direito de ser protegidas”, diz o representante do ACNUR no Brasil.

Para a Agência da ONU para Refugiados, é necessário buscar um mundo cada vez mais inclusivo, no qual ninguém seja deixado para trás. Esta ideia está no centro das celebrações do Dia Mundial do Refugiado neste ano, reforçando a mensagem de que as pessoas refugiadas podem contribuir com a sociedade que as acolhe.

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