O Governador João Doria confirmou nesta sexta-feira (17) a regressão da região de Piracicaba para a fase vermelha do Plano São Paulo de enfrentamento à pandemia do coronavírus. A partir da próxima segunda (20), haverá restrição total de atendimento presencial nas atividades não essenciais de comércios e serviços em 26 cidades da área do DRS (Departamento Regional de Saúde) de Piracicaba.
“Nós temos que evitar a propagação da pandemia e a saturação do sistema de saúde pública. O Plano São Paulo prevê regressões para regiões em que a pandemia tenha se intensificado, o que é o caso de Piracicaba”, afirmou o Governador. “É muito importante que autoridades locais e a opinião pública dessas regiões compreendam que as medidas são para proteger vidas e a saúde das pessoas”, acrescentou Doria.
De acordo com a avaliação semanal de autoridades estaduais e especialistas do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo, a pressão sobre leitos de UTI na região de Piracicaba nos últimos sete dias levou à regressão da fase laranja para alerta máximo. Na última quinta (16), a taxa de ocupação de vagas por pacientes em estado grave com COVID-19 atingiu 84,6%.
“Houve também um aumento de internações e de óbitos na região, mas a principal razão desta reclassificação é a ocupação de leitos. Medidas estão sendo tomadas para apoio da região, mas a recomendação agora é a reclassificação extraordinária para garantirmos o controle da pandemia”, afirmou a Secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.
“A aceleração está se dando de forma mais contundente no interior. Mas o Estado segue aumentando a capacidade hospitalar, mantendo o atendimento para todas as pessoas”, disse o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi. Ele apontou aumento 11% na capacidade hospitalar estadual em UTIs em relação à semana passada, passando de 20,3 leitos por 100 mil habitantes para 23,3 vagas e distribuição de 259 novos respiradores para suporte a pacientes em estado grave.
Reabertura segura
Nas demais 15 áreas de saúde do interior e litoral e seis sub-regiões da Região Metropolitana da capital, a classificação de retomada econômica se manteve a mesma anunciada no último dia 10. Na Grande São Paulo, apenas a sub-região Norte (Franco da Rocha) está na fase laranja, enquanto as demais continuam na etapa amarela.
No interior, há outras quatro regiões com restrição total ao atendimento presencial em estabelecimentos não essenciais: Araçatuba, Campinas, Franca e Ribeirão Preto. Na etapa laranja, ficam as áreas de Araraquara, Barretos, Bauru, Marília, Presidente Prudente, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté. Já as regiões da Baixada Santista e Registro estão na etapa amarela, com nível menos restrito de flexibilização.
A etapa laranja permite funcionamento com 20% da capacidade de atendimento presencial em escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias. A abertura é restrita a quatro horas diárias, todos os dias, ou seis horas durante quatro dias e fechamento por outros três.
Na fase amarela, os municípios podem adotar rígidos protocolos sanitários para reabrir bares, restaurantes, salões de beleza com 40% da capacidade, além de academias com 30% de vagas e expediente diário de até seis horas. A permanência por 28 dias seguidos nesta etapa também permite a reabertura, com limitações, de espaços culturais como museus, bibliotecas, cinemas, teatros e salas de espetáculos.
“Nós ainda estamos em quarentena e isso exige atenção redobrada das pessoas. A quarentena exige obediência rigorosa aos critérios sanitários aprovados pelo Centro de Contingência da Covid-19 para o estado de São Paulo”, alertou o Governador. A próxima reclassificação do Plano São Paulo está prevista para a próxima sexta (24).