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Caminhos da Fé | A Assunção de Nossa Senhora

A Assunção da Virgem Maria. (Foto: Pixabay)

Celebramos em 15 de agosto, ou no domingo mais próximo, a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora.
Tal celebração faz parte dos quatro dogmas (verdades de fé) marianos que temos na Igreja Católica, que são: Virgindade (25 de dezembro); Mãe de Deus (01 de janeiro); Assunção (15 de agosto) e Imaculada Conceição (08 de dezembro).

Historicamente este dogma foi proclamado pelo Papa Pio XII, em 01 de novembro de 1950. No entanto, desde o século V há relatos de uma celebração, que é entendida como uma precursora da festa da Assunção de Nossa Senhora.

Ao longo deste período, tal celebração foi associada ao mistério da morte da Virgem Maria, “no sentido do seu trânsito, passamento (em grego: Koimesis; em latim: Dormitio)”, por isso, também chamada de Celebração da Dormição de Nossa Senhora.

O primeiro convite que a celebração quer nos fazer, é contemplar o amor de Deus pela Virgem Maria e apontando o caminho para buscar as coisas do alto. Isto está bem expresso na oração da liturgia da Missa: “Deus eterno e todo poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”.

No âmbito dos textos bíblicos desta Solenidade, contemplamos na Primeira Leitura, um trecho do livro do Apocalipse (Apocalipse 11,19a;12,1.3-6a.10ab) que ressalta a aparição de um grande sinal: “uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés”. “Relatando a luta entre o povo de Deus e o reino de Satanás, luta que terminará com o triunfo da realeza de Deus […], a liturgia, em concordância com muitos santos padres, vê também Maria e seu Filho nessa mulher, pois, na verdade, ela está profundissimamente ligada ao mistério e ao destino da Igreja”.
O salmo 44, é uma expressão desta plenitude a qual a Virgem Maria participa: “À vossa direita se encontra a rainha, com veste esplendente de ouro de Ofir”.

Na segunda leitura, contemplamos na Carta de São Paulo aos coríntios (1Coríntios 15,20-27a), o Cristo, o primeiro a ressuscitar e depois os que pertencem a Cristo. Celebrar a Assunção de Nossa Senhora, é renovar nossa crença na vida plena, na ressurreição da Carne e na Vida eterna.

No Evangelho, escrito por Lucas (Lucas 1,39-56), encontramos o relato da atitude missionária da Virgem Maria logo após acolher o anúncio do anjo e também o canto do Magnificat. Glorificamos à Deus pelo papel e compromisso da Virgem Maria.

Um outro dado importante da celebração da Assunção de Nossa Senhora aparece no prefácio da missa, que diz: “hoje, a Virgem Maria, Mãe de Deus, foi elevada à glória do céu. Aurora e esplendor da Igreja triunfante, ela é consolo e esperança para o vosso povo ainda em caminho, pois preservastes da corrupção da morte aquela que gerou, de modo inefável, vosso próprio Filho feito homem, autor de toda vida”. Esta belíssima celebração recorda da nossa condição de Igreja peregrina e que será um dia triunfante, por isso, contemplamos antecipadamente na Virgem Maria, aquilo que Deus deseja para a humanidade, participar da sua glória.

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Celebrar com alegria a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora é renovar as convicções da fé e continuar trabalhando para que o Reino aconteça entre nós, de modo, que vivendo-o percorramos o caminho que nos fará chegar aos céus e lá contemplar plenamente à Deus e a Virgem Maria.

Padre Kleber Rodrigues da Silva, é pároco e reitor da Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Pindamonhangaba-SP. Natural de São Luiz do Paraitinga-SP, é o caçula de 12 filhos. Foi ordenado padre em 15 de maio de 2004. É formado em Filosofia, Teologia, Publicidade e Propaganda e atualmente está fazendo Pós-Graduação, em Gestão Religiosa e Paroquial.

   DA REDAÇÃO | acompanhe a coluna Caminhos da Fé

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