O Governador João Doria confirmou a criação de seis novos centros de pesquisa científica para testagem e desenvolvimento da CoronaVac, que está em fase final dos estudos clínicos de segurança e eficácia contra o coronavírus. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (23), durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
“A vacina, que é o tema do momento, é a proteção à vida e um direito de todos os brasileiros. No caso da pandemia, a vacina é o único caminho para a retomada total da economia, do ensino presencial, de eventos de grande público, do turismo e da volta à normalidade”, afirmou o Governador.
Os novos centros serão supervisionados por especialistas do Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Os estudos serão executados em quatro hospitais da periferia da capital, onde a taxa de contaminação tem se mostrado maior do que nos bairros centrais. Outros dois ficarão na região do ABC, que já tem a Universidade Municipal de São Caetano do Sul como local de testagem.
O objetivo do Governo de São Paulo é ampliar é aumentar o número de profissionais de saúde que atuam como voluntários na pesquisa da CoronaVac. Até agora, 9.039 pessoas participam dos estudos clínicos em sete estados.
Com os novos centros, os estudos clínicos serão ampliados para 13 mil voluntários em 22 locais de pesquisa. Nesta fase final da pesquisa, metade dos participantes recebe a dose da CoronaVac, enquanto os demais são inoculados com placebo.
Para determinar a eficácia da CoronaVac, é preciso que ao menos 61 participantes aplicados com a substância sejam contaminados pelo coronavírus. A partir desta amostragem, haverá a comparação com o total dos que receberam a vacina e, eventualmente, também tenham diagnóstico positivo de COVID-19.
Se o imunizante atingir os índices necessários de eficácia e segurança, poderá ser submetido à avaliação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para registro e posterior uso em campanhas de imunização contra o coronavírus.
A CoronaVac é uma das mais promissoras candidatas a vacina contra o coronavírus e está sendo desenvolvida no Brasil desde julho, em parceria internacional do Instituto Butantan com a biofarmacêutica Sinovac Life Science. O Butantan já tem acordo para transferência de tecnologia e aquisição de 46 milhões de doses do imunizante.