O prédio onde funciona, desde 1997, o Museu do Folclore de São José dos Campos, no Parque da Cidade, deve passar por um restauro. A proposta para elaboração do projeto arquitetônico será apresentada pelo Centro de Estudos da Cultura Popular (CECP), responsável pela gestão do museu, no próximo dia 23, às 19h.
A apresentação será virtual e ocorrerá pela plataforma Zoom e pelo Facebook. As inscrições podem ser feitas pelo Sympla neste link: Bit.ly/RenovaMuseu
A live faz parte da campanha ‘É Tempo de Renovar, É Tempo de Restaurar’, como forma de estimular a colaboração da iniciativa privada por meio de incentivo cultural previsto na Lei Rouanet. “O restauro das edificações contribuirá para a conservação do espaço e preservação de sua importante história para o município, além de oferecer melhores condições de usa pela comunidade”, afirma o presidente do CECP, Ricardo Savastano.
As edificações que compõem o Museu do Folclore – prédio principal e dependências – são tombadas como patrimônio histórico da cidade e foram construídas na década de 20, fazendo parte do complexo da Tecelagem Parahyba, cuja fábrica e fazenda pertenciam a Olivo Gomes. Em 1986, a área foi desapropriada pela Prefeitura e transformada no Parque da Cidade Roberto Burle Marx. A fábrica foi inaugurada em 1925 e funcionou neste espaço até os anos 90.
Outras ações
Além da apresentação da proposta de restauro, o CECP pretende realizar outras ações virtuais ligadas ao Museu do Folclore, que está fechado desde março por conta da pandemia da covid-19. Duas delas devem acontecer no dia 5 de dezembro: comemoração de 23 anos de inauguração do museu no Parque da Cidade e lançamento do 26º volume da Coleção Cadernos de Folclore, com o título ‘O Museu do Folclore de São José dos Campos – Uma breve história’.
Uma outra melhoria, que deve culminar com a reabertura do museu – ainda sem data certa –, é a implantação de um sistema de acessibilidade na área da exposição de longa duração, voltado, principalmente, para pessoas com deficiência auditiva e visual. Todas as salas da exposição terão totens interativos com informações do acervo exposto, escritas em Braille e apresentadas em áudio e vídeo.
A biblioteca do museu, Maria Amália Corrêa Giffoni, também estará de cara nova quando for reaberta. O espaço, que possui um acervo especializado em cultura popular (que pode ser consultado pela internet), entre livros, CDs, DVs, fotos e outros materiais, ganhou mobiliário e computadores novos. Além disso, quase 100 vídeos de pesquisas e registros de manifestações popular foram editados e serão disponibilizados ao público pelo site do museu.
O Setor Educativo, cujo trabalho é voltado principalmente ao público visitante, também passará a contar com uma publicação digital destinada a professores e educadores. O material terá textos, fotos e ilustrações sobre folclore e detalhes da exposição de longa duração, como forma de orientar os profissionais para as visitas dos seus alunos, além de sugestões de atividades ligadas ao tema para serem aplicadas em sala de aula.
Tanto o projeto de acessibilidade como a modernização do acervo da biblioteca foram viabilizados com recursos da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, por meio do Programa de Ação Cultural, mediante aprovação de projeto desenvolvido pelo CECP.
Gestão
O Centro de Estudos da Cultura Popular é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos, responsável pela gestão do Museu do Folclore, desde 2000. Em setembro deste ano, a organização teve renovado, até 2022, o termo de colaboração que mantém com a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, instituição mantenedora do espaço.
Museu do Folclore de SJC
Av. Olivo Gomes, 100, Santana (Parque da Cidade)
(12) 3924-7318 / 3924-7354
www.museudofoclore.org / [email protected]