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Cláudio Roberto recebe a prata dos jogos de Sydney no Troféu Brasil

Integrante da equipe do 4×100 participou de eliminatória da prova. (Foto: © Reprodução/twitter/Time Brasil)

Depois de mais de 20 anos de espera, no dia 13 de dezembro Cláudio Roberto Sousa receberá a medalha de prata do revezamento 4×100 conquistada pela equipe nacional nos Jogos Olímpicos de Sydney/2000. A entrega ocorrerá no término do programa de provas do Troféu Brasil de Atletismo, previsto para o Centro Olímpico, em São Paulo.

“Estou superfeliz, eu e minha família. Essa felicidade vem desde o momento que recebi a confirmação de que ganharia a medalha. E com a certeza da data já estou suando frio. São 20 anos de espera, num determinado tempo da minha vida eu tinha desencanado, não desistido, mas parei de ir atrás. Posso resumir tudo isso em felicidade”, disse o piauiense, nascido em Teresina, de 46 anos de idade.

Claudinho, como sempre foi conhecido pela comunidade atlética, era reserva do time nacional no revezamento e correu a eliminatória, vencida pelos brasileiros. Na final, foi substituído por Claudinei Quirino, que fechou a prova. O grupo era formado ainda por Raphael Raymundo de Oliveira, também reserva. O treinador era Jayme Netto Júnior.

O quarteto do Brasil recebeu a medalha no próprio estádio, na cerimônia do pódio, no dia 30 de setembro de 2000. A de Claudinho ficou para ser entregue depois, mas nunca foi recebida. O Comitê Olímpico do Brasil (COB), em 2001, entrou em contato com o Comitê Olímpico Internacional (COI), que teria afirmado que a responsabilidade de prover a medalha era do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Sydney. Em 2003, nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana, Claudinho ganhou do COI um pin, destinado aos medalhistas olímpicos como compensação.

O atleta foi homenageado na Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), em 2016, com uma réplica da medalha em uma iniciativa de André Domingos e Arnaldo de Oliveira.

A cessão da medalha começou a se tornar realidade no fim de 2019, quando o representante do COB encontrou Claudinho, em Teresina. Na ocasião, foram retomadas as tratativas junto ao COI. Até que, em maio deste ano, o corredor recebeu a confirmação de que finalmente teria a medalha.

“Valeu a pena esperar 20 anos pelo reconhecimento agora da minha participação naqueles Jogos. Até brinco com os ‘meninos’: ‘Fui reserva e estou aparecendo mais do que vocês”, acrescentou Claudinho, que disse que “o Vicente, o Edson, o André, o Claudinei, o Raphael e o Jayme estão felizes também”. “Uma bela maneira de relembrar aquela equipe maravilhosa, valorizar a conquista do atletismo brasileiro naquele Jogos. A história da minha medalha dá um valor maior ainda à conquista.”

A medalha é originária do Museu Olímpico do COI, em Lausanne, Suíça, e a cerimônia seguirá o protocolo de entrega de medalhas da entidade, incluindo a execução do Hino Olímpico. Cláudio Roberto Sousa receberá a medalha das mãos do presidente do Paulo Wanderley e participarão da homenagem os titulares da equipe de 2000 Vicente Lenilson, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos e Claudinei Quirino.

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“Cláudio Roberto Sousa receberá uma homenagem à altura de seus feitos para o esporte olímpico brasileiro. Sua participação nas eliminatórias foi fundamental para a prata olímpica do revezamento 4×100 m em Sydney. O COB fez tudo que esteve ao seu alcance para viabilizar essa merecida honraria e, mesmo com o adiamento dos Jogos Olímpicos para o ano que vem, temos a alegria de dizer que o Brasil não ficará sem medalha em 2020”, afirmou o presidente do COB, Paulo Wanderley.

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