As obras civis da mais nova atração turística de Ubatuba, o Museu da Vida Marinha, chegaram ao fim. Nesta terça-feira, dia 29, o Instituto Argonauta para Conservação Costeira e Marinha juntamente com o Aquário de Ubatuba, realizaram uma solenidade para entrega oficial das obras, que contou com a presença do prefeito municipal de Ubatuba Délcio José Sato e de outras autoridades. A inauguração e abertura ao público deve ocorrer no mês de janeiro, ainda durante a temporada de verão.
O evento aconteceu com todos os cuidados e protocolos de segurança sanitária, para marcar a finalização das obras e a entrega desta para a cidade de Ubatuba.
O Museu passará ainda por uma finalização da montagem do acervo, montagem da lanchonete e ainda adequação seguindo o Protocolo Visita Segura do Ministério do Turismo nos mesmos moldes do que ocorre no Aquário de Ubatuba e no Centro de Visitantes do Projeto Tamar, cumprindo todas as normas sanitárias que são estipuladas pelos Decretos Estadual e Municipal, além das já praticados pela instituição, como o uso obrigatório de máscara, álcool em gel para desinfecção constante das mãos, distanciamento social e outras medidas para garantir uma abertura ao público segura aos visitantes e colaboradores do espaço.
O Museu da Vida Marinha de Ubatuba terá um acervo que conta a história da vida marinha desde o período Jurássico. Uma das atrações é a remontagem da exposição Gigantes Marinhos – uma experiência imperdível e única para os visitantes com réplicas em tamanho real dos grandes animais que habitaram os mares da América do Sul desde a época dos dinossauros.
Realização de um Sonho
Segundo o Oceanógrafo Hugo Gallo, Diretor do Aquário de Ubatuba e Presidente do Instituo Argonauta, “este é um antigo sonho que se torna realidade”. O Oceanógrafo ainda detalha: “Quando inauguramos o Aquário de Ubatuba em 1996, há 25 anos atrás, tínhamos a intenção de não só montar uma atração turística, mas também de contribuir para a educação e a pesquisa visando a conservação dos mares. Em pouco tempo percebemos que ficaríamos limitados nestas ações só com a bilheteria e estrutura física do Aquário e, assim, criamos em 1998 o Argonauta. Hoje o Argonauta é maior que o Aquário e faz junto com o Aquário de Ubatuba e o Projeto Tamar, importante contribuição em prol da conservação da biodiversidade marinha em todo litoral norte, através de sua equipe e seus projetos nas áreas de educação, conservação e pesquisa. Tenho uma sensação de missão quase cumprida. “Quase” porque a questão ambiental é uma missão “comprida” e da qual não podemos desanimar ou desistir. Ela é, assim como a saúde, a educação e as questões sociais, uma luta eterna, e assim fico feliz por deixar um legado que é o Instituto para nossa cidade e região”, comemora Hugo Gallo.
Estrutura
O Museu da Vida Marinha dispõe de um auditório multiuso e outras duas alas com este acervo que conta a história da vida no mar e no planeta terra desde o início. Também há uma biblioteca temática na área de meio ambiente que será aberta ao público, loja de souvenires, lanchonete, bilheteria, sanitários e espaços que contemplam inteira acessibilidade, além de salas administrativas, departamento financeiro e salas de Educação Ambiental. O espaço contará ainda com uma exposição com as ações e história do Instituto Argonauta, e uma área dedicada para a Sustentabilidade, a Casa da Sustentabilidade, com aplicações na prática mostrando ao visitante como cada um de nós pode reduzir sua “pegada ecológica”.
O projeto
O Museu da Vida Marinha é um projeto criado pelo Aquário de Ubatuba para dar suporte financeiro ao Instituto Argonauta. Até então ele estava instalado dentro do Aquário, mas foi ampliado e transferido para a base do Instituto Argonauta em terreno cedido pela Prefeitura Municipal de Ubatuba, no bairro Perequê-Açu em Ubatuba/SP.
O novo Museu propiciará uma maior abordagem a respeito da origem da vida da Terra, sua evolução e as ameaças que a natureza enfrenta atualmente, levando a uma reflexão do visitante sobre o papel individual e coletivo do ser humano na preservação da natureza.
A sede do Museu foi projetada pelos arquitetos Luiz Adolfo Bernardino da Silva e Elza Alves Gallo da empresa Terramare, no conceito sustentável em estruturas reaproveitadas de contêineres doados pela empresa Log-In Logística Intermodal e uso de madeira reflorestada e telhados verdes.
Ingresso
O Museu terá entrada gratuita para os moradores de Ubatuba, uma vez que está localizado em área pública cedida pelo município – assim como faz o projeto Tamar na cidade. Maiores de 60 anos e crianças menores de 5 anos acompanhadas de um adulto pagante também terão acesso livre.
O valor do ingresso será R$ 21,00, com meia entrada (R$ 10,50) para estudantes até 17 anos com carteirinha, estudantes universitários com documento, professores com carteirinha e menores de 12 anos.