Pinda realiza orientações sobre hanseníase
A Secretaria de Saúde de Pindamonhangaba está divulgando orientações sobre diagnóstico e tratamento da hanseníase neste Janeiro Roxo. Devido à pandemia por coronavírus, para não haver aglomerações, a Secretaria está promovendo instruções nas unidades de atendimento básico.
Se o paciente apresentar qualquer sinal da doença, o médico o encaminhará para o setor de infectologia, que fica no CEM (Centro de Especialidades Médicas).
A estratégia da ação é com base em diretrizes do Ministério da Saúde e foi debatida durante oficina do plano nacional do enfrentamento da hanseníase, que o município promoveu em setembro de 2019, na UPA de Moreira César. Nos dois dias de oficina, os profissionais da saúde participantes discutiram medidas de enfrentamento à doença. Além de Pindamonhangaba, participaram médicos e enfermeiros de Campos do Jordão, Taubaté, Tremembé, Lagoinha e Natividade da Serra, o que facilitou uma interlocução entre as cidades no combate à enfermidade.
De acordo com a coordenadora de Infectologia de Pindamonhangaba, Suely Alves, houve uma grande diminuição de pacientes com a doença na cidade nos últimos anos. Em 2020, apenas dois pacientes foram diagnosticados com hanseníase. Apesar da redução dos casos, entretanto, “ressaltamos que a Atenção Básica deve orientar e examinar casos suspeitos por meio de campanhas e busca ativa”, afirma Suely.
A secretária de Saúde, Valéria dos Santos, destacou o empenho dos profissionais de saúde do município e fez um alerta à população, para que fique atenta aos sintomas e procure o médico o mais rápido possível se apresentar características da doença.
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium Leprae. Os principais sintomas são manchas na pele com alteração de sensibilidade ao calor, frio e tato. As manchas apresentam tons claros, vermelhos ou escuros. Em fase mais avançada da doença surgem incapacidades físicas como retração dos dedos, além de caroços e inchaços nas partes mais frias do corpo, como nos cotovelos, pés e orelhas.
A transmissão é feita pelo ar, com espirros ou tosse de uma pessoa infectada. Porém, após a primeira dose da medicação não há mais risco de contágio. Ou seja, só transmite hanseníase pacientes que não estão em tratamento.
O tratamento é oferecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e a doença tem cura. Quanto antes for iniciado, menor o risco de sequelas. O Brasil é o segundo país com maior número de casos da doença, atrás apenas da Índia. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, todos os anos são diagnosticados, em média, 30 mil novos casos da doença no País.
O Janeiro Roxo é o mês de conscientização contra a hanseníase. A iniciativa começou no Brasil em 2016, tendo como data símbolo o último domingo deste mês, quando é celebrado o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase.