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Iphan e Arquidiocese vão implementar Via-Sacra no Cristo Redentor

O ano de 2021 marca os 90 anos do Cristo Redentor. (Foto: Divulgação/IPHAN)

O ano de 2021 marca os 90 anos do Cristo Redentor. Ao longo de nove décadas, o monumento se consolidou como um dos maiores símbolos do país e da cidade do Rio de Janeiro (RJ). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro firmaram um acordo de cooperação técnica nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, para elaborar uma Via-Sacra entre o Maciço do Corcovado e o Santuário Cristo Redentor.

O acordo de cooperação entre o Iphan – autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria Especial da Cultura – e a Arquidiocese, instituição responsável pelo Santuário Cristo Redentor, foi celebrado em uma cerimônia aos pés do Cristo Redentor. Estiveram presentes o reitor do Santuário, padre Omar Raposo, a presidente do Iphan, Larissa Peixoto, o superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Olav Schrader, entre outros representantes dos setores de turismo e meio ambiente.

De caráter inovador, o projeto também conta com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A Via-Sacra consiste no percurso da Paixão de Cristo, em memória de sua caminhada a carregar a cruz. No Cristo Redentor, o trajeto será realizado através da ressignificação de trilhas históricas já existentes na floresta do Corcovado, com o uso de placas e sinalizações feitas de materiais biodegradáveis. A partir da celebração do contrato, serão desenvolvidos os estudos para selecionar as trilhas e as sinalizações que comporão o caminho. A previsão de término das instalações é no final de 2021.

Ao longo dos séculos, a peregrinação da Via-Sacra passou a ser reproduzida por fiéis em localidades diversas, com destaque para Roma, na Itália, e Jerusalém, em Israel. A Via-Sacra do Cristo Redentor será concebida para ser um ponto de visitação mundialmente reconhecido, com o diferencial de atravessar o bioma da Mata Atlântica em meio a uma paisagem singular.

“Vamos ressignificar o nosso riquíssimo patrimônio cultural, ambiental e paisagístico, e aliar o turismo religioso a um conceito de sustentabilidade. A Via-Sacra do Cristo Redentor fortalecerá o turismo no Rio de Janeiro, bem como a imagem do Brasil como destino”, salienta o superintendente do Iphan do Rio, Olav Schrader.

Com 30 metros de altura, a imagem do Cristo se apoia em um pedestal octogonal de oito metros que se encontra no cume do morro conhecido como Corcovado. O Iphan tombou o monumento em 2008, com a inscrição no Livro do Tombo Histórico. O Corcovado em si é protegido pelo Instituto desde 1973, enquanto patrimônio natural. Localiza-se na área do Parque Nacional da Tijuca, também tombado pela Autarquia, no ano de 1967.

O acordo de cooperação entre o Iphan – autarquia federal vinculada ao Ministério do Turismo e à Secretaria Especial da Cultura – e a Arquidiocese, instituição responsável pelo Santuário Cristo Redentor, foi celebrado em uma cerimônia aos pés do Cristo Redentor. (Foto: Divulgação/IPHAN)

“Este acordo é tudo que precisamos: trabalhar os bens protegidos aliando a valorização do Patrimônio Cultural com fomento ao turismo, sustentabilidade ecológica e preservação. Mais que isso, esse projeto vai fortalecer a vocação turística desse bem cultural”, analisa a presidente do Iphan, Larissa Peixoto.

Principal cartão-postal carioca, o Cristo Redentor oferece uma vista panorâmica da cidade. Este bem cultural integra a região do Rio chancelada em 2012 como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Trata-se da primeira área urbana no mundo a ter reconhecido o valor universal da sua paisagem cultural.

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“Queremos deixar um legado para as futuras gerações. Será um momento positivo de inflexão para a autoestima dos cariocas e a imagem do nosso Brasil”, afirma o reitor do Santuário Cristo Redentor, Padre Omar.

* Com informações do IPHAN

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