Flamengo ignora torcida da casa e conquista a Champions League das Américas de basquete

Na Nicarágua, Rubro-Negro derrota anfitrião Real Esteli na decisão. (Foto: Gaspar Nóbrega/BCLA)

Decidir a Champions League das Américas de basquete contra os anfitriões, diante de cinco mil torcedores rivais, não foi problema para o Flamengo. Nesta terça-feira (13), o Rubro-Negro conquistou o título da Libertadores da modalidade ao derrotar o Real Esteli (Nicarágua) por um dramático 84 a 80, no ginásio Alex Arguello, na capital nicaraguense Manágua.

É o segundo título continental do clube e o primeiro na era Champions League do torneio, iniciada em 2020. Até 2019, o campeonato se chamava Liga das Américas. O Flamengo foi campeão em 2014, derrotando o também brasileiro Pinheiros na decisão. O país não tinha um vencedor desde 2015, quando o troféu foi erguido pelo Bauru. No ano passado, os cariocas foram à final da primeira Champions, mas caíram para o Quimsa (Argentina).

Como há sete anos, a equipe rubro-negra se credenciou para disputar o Mundial Interclubes de 2022, que ainda não tem data marcada. Em 2014, os cariocas se sagraram campeões mundiais ao derrotarem o Maccabi Tel Aviv (Israel) na final. Em 2019, quando representou o Brasil como país-sede do evento, o Flamengo foi vice, superado pelo AEK (Grécia).

O Flamengo encerra a competição com 100% de aproveitamento. Na primeira fase, o Rubro-Negro venceu os cinco jogos que realizou contra Minas Tênis Clube (três) e os argentinos do Instituto de Córdoba (dois). No mata-mata, todo disputado em Manágua, o time comandado por Gustavo de Conti eliminou os panamenhos do Caballos de Cocle nas quartas de final e superou o São Paulo na semifinal.

O cestinha foi o armador porto-riquenho Jezreel De Jesus, do Esteli, que fez 23 pontos e recuperou nove rebotes. Pelo Flamengo, o maior pontuador foi o pivô Rafael Hettsheimeir (21 pontos), também se destacando nos rebotes (sete, cinco defensivos). Outro protagonista foi o armador Yago, que anotou 16 pontos, a maior parte no último e decisivo quarto, além de distribuir oito assistências.

Equilíbrio do início ao fim
O equilíbrio predominou no primeiro quarto, com o Esteli pouco superior e à frente na maior parte do tempo. Liderado por Hettsheimeir (oito pontos e quatro rebotes) e pelas assistências de Yago (três), o Flamengo conseguiu diminuir o prejuízo e finalizou a parcial apenas um ponto atrás (24 a 25).

Os dez minutos seguintes foram de muita eficiência rubro-negra na defesa, com apenas 12 pontos cedidos. Com os pontos compartilhados por seis atletas diferentes, a equipe brasileira assumiu o comando do placar e foi para o intervalo com sete pontos de vantagem (44 a 37), anotando 20 a 12 na parcial.

O Flamengo voltou melhor para o segundo tempo e chegou a abrir 14 pontos faltando cinco minutos para o fim do terceiro período, após uma bola de três do ala Jhonatan. Aos poucos, porém, o Esteli reagiu e conseguiu diminuir novamente para sete pontos a diferença. A parcial terminou empatada em 23 a 23.

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No último quarto, os nicaraguenses viveram o melhor momento na partida, comandados por Javier Mojica. Foi dele a bola de três que colocou o Esteli na frente, a quatro minutos do fim. A virada, porém, acordou o Flamengo. Yago chamou a responsabilidade e brilhou, sofrendo faltas (três) e anotando seis dos dez pontos que fez no quarto, sendo quatro deles em tiros livres que ele próprio conseguiu. No fim, a festa no ginásio Alex Arguello ficou dentro de quadra, tingida em preto, vermelho, verde e amarelo.

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