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Atletas militares representarão o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio

Mais de 40 esportistas já foram selecionados para a competição, que começa em 23 de julho

Entre os representantes do PAAR, está a atleta Iêda Guimarães, da Marinha, que defenderá o Brasil no pentatlo moderno – Foto: Divulgação/COB

Faltam pouco mais de três meses para os Jogos Olímpicos de Tóquio. As disputas começam em 23 de julho e seguem até 8 de agosto. E, aqui no Brasil, os atletas já estão em plena preparação. Dos cerca de 200 desportistas já selecionados para representar a delegação brasileira nas disputas no Japão, 44 são militares que integram o Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento (PAAR), do Ministério da Defesa. Eles foram classificados para competir em 13 das 46 modalidades.

“A expectativa é que o time olímpico brasileiro, o time Brasil, chegue a 300, e nós ainda vamos buscar mais vagas nesse time”, afirmou o major-brigadeiro Isaías Carvalho, diretor do Departamento de Desporto Militar, do Ministério da Defesa, referindo-se ao PAAR.

Entre os representantes do Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento em Tóquio, está a atleta Iêda Guimarães, da Marinha. Ela defenderá o Brasil na modalidade pentatlo moderno, que reúne hipismo, esgrima, natação, tiro esportivo e corrida.

Outro classificado para representar o Brasil nos Jogos de Tóquio é o sargento da Força Aérea Brasileira e bicampeão sul-americano Caio Bonfim. Ele é recordista brasileiro na modalidade marcha atlética.

PAAR

O Programa de Incorporação de Atletas de Alto Rendimento foi criado em 2008 com o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. E conta com a parceria do Ministério da Cidadania.

Segundo o Ministério da Defesa, para participar do PAAR, o candidato precisa passar por uma seleção, que inclui avaliação curricular, entrevista, inspeção de saúde e exame físico. O candidato que estiver apto à vaga passa a integrar a Força Terrestre com a graduação de terceiro sargento temporário e tem à disposição todos os benefícios da carreira, como soldo, 13º salário, férias, direito à assistência médica, além de instalações esportivas militares adequadas para treinamento nos centros da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

“A convocação é feita mediante edital público em todos os estados do país. Todos os cidadãos que têm performance de alto rendimento podem concorrer dentro do que está escrito no edital público. Hoje, nós contamos com 511 atletas militares em 30 modalidades, das quais 23 são olímpicas”, explicou o major-brigadeiro.

O Ministério da Defesa investe aproximadamente R$ 38,3 milhões por ano no PAAR. As atividades ocorrem em parceria com a atuação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), de confederações e clubes.

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Jogos Olímpicos de 2016
Segundo o diretor do Departamento de Desporto Militar, o PAAR tem mostrado excelentes resultados desde a criação. Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, por exemplo, os atletas que compõem o programa foram responsáveis por 68% das medalhas brasileiras, ou seja, ganharam 13 das 19 medalhas alcançadas pelo Brasil. “Sendo que, numericamente, nós éramos apenas 31% da equipe”, pontuou o diretor.

Olimpíada x Covid-19
O major-brigadeiro Isaías Carvalho, do Ministério da Defesa, também comentou sobre as dificuldades que os atletas militares viveram durante a crise da Covid-19 e as adaptações que tiveram de ser feitas para dar continuidade aos treinamentos.

“Nossos atletas adaptaram o ambiente doméstico ao treinamento; e os nossos centros de treinamento também se adaptaram às regras sanitárias recomendadas pelo Ministério da Saúde. Além disso, fizemos um investimento em capacitação criando um curso em EAD [Educação a Distância] de Fundamentos da Administração Esportiva Militar”, acrescentou o representante do Ministério da Defesa.

Para ajudar os atletas do PAAR a adaptarem-se às novas regras de distanciamento social, o Ministério da Defesa também criou o site Quarentreina. Por meio dele, eram disponibilizados treinos e informações sobre a evolução da situação da Covid-19 no mundo e como os atletas de outros países estavam superando o momento.

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