No mês de abril, as comunidades indígenas buscam apresentar, por meio de diversas plataformas, a luta e a resistência dos povos originários ao longo das suas histórias de vida em comunidade.
Para celebrar a cultura destes povos a Diretoria de Ensino (DE) de Caraguatatuba realiza a exposição: Abril – mês de luta e resistência. O material exposto são registros feitos em Escolas Estaduais Indígenas (EEI) da região por professoras e professoras, indígenas e não indígenas, das atividades desenvolvidas, ao mesmo tempo em que explicam o real significado de cada prática para a comunidade indígena e sua relevância na preservação.
“Para isso, ao longo de todo o mês de abril, da educação infantil ao ensino médio, trabalhou-se com temas e saberes de interesse coletivo da aldeia ao mesmo tempo em que as habilidades essenciais fossem consideradas a partir dos saberes sociais dos povos indígenas da região do Litoral Norte de SP”, explicou o supervisor de Ensino da Diretoria de Ensino de Caraguatatuba, Vitor Paulo Fida Da Gama.
A EEI Aldeia Boa Vista, de etnia Guarani Mbya, e a EEI Renascer, de etnia Tupi-Guarani, a partir das escutas realizadas com suas comunidade (cacique, anciãos, lideranças, professoras e professores indígenas e não indígenas, alunos e alunas) elaboraram uma proposta de trabalho pedagógico que visou resgatar as narrativas presentes nas aldeias e suas pautas de luta, possibilitando assim, que ao invés de barreiras simbólicas, construíssemos pontes entre os saberes do currículo escolar e os saberes ancestrais das comunidades.
Algumas das atividades realizadas foram: na educação infantil, as músicas tradicionais, seus significados, suas línguas, danças e pintura corporal; no ensino fundamental I e II, o artesanato (cestaria, colares e pulseiras) e o cuidado com a terra (roças) para o plantio; e no ensino médio, o resgate das suas identidades, ou seja, o que é ser Guarani ou Tupi-Guarani, a medição do território e seus limites, história da formação das aldeias, manifestações artísticas e culturais.