A dupla formada por Isaquias Queiroz e Jacky Godmann conquistou a medalha de bronze nos mil metros do C2 (canoa para duas pessoas) Masculino na etapa de Szeged (Hungria) da Copa do Mundo de canoagem velocidade. Os alemães Sebastian Brendel e Tim Hecker venceram a prova, com os cubanos Serguey Madrigal e Fernando Enriquez em segundo lugar.
Os dois competiram juntos internacionalmente pela primeira vez. Erlon de Souza, parceiro de Isaquias, recupera-se de uma lesão no quadril e foi poupado das disputas em duplas na Hungria. Jacky foi escolhido para remar ao lado do baiano de 27 anos, dono de três medalhas olímpicas nos Jogos do Rio de Janeiro, em 2016. Eles foram campeões brasileiros na mesma canoa em 2019, pelo Flamengo.
“Foi uma prova muito importante. Estamos há pouco tempo treinando no barco de equipe, mas mesmo assim conseguimos fazer história, remando com o vento contra, que atrapalhou bastante”, destacou Isaquias, em vídeo publicado pela Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa) no Instagram.
“Estou muito feliz. É a minha primeira medalha internacional. Agradeço a Deus, ao meu treinador e ao Isaquias, que está sempre me passando experiência e a técnica dele na água”, emendou Jacky, no mesmo vídeo.
Este foi o segundo pódio brasileiro na competição. O primeiro veio no sábado (15), com o próprio Isaquias, que levou a prata nos mil metros do C1 (canoa para uma pessoa). O baiano também competiu na final dos 500 metros do C1 neste domingo, mas acabou desistindo no meio da prova que é sua especialidade, onde é tricampeão mundial.
“Eu parei porque eu estava muito cansado, foi pouco tempo entre uma prova [final do C2] e outra [final do C1], daí não deu. A prova foi muito apertada uma em cima da outra, mas o que vale foi o que fizemos aqui”, explicou Isaquias.
A canoagem velocidade do Brasil terá três representantes na Olimpíada de Tóquio (Japão). Duas vagas foram obtidas no Mundial de 2019, também disputado em Szeged, na categoria canoa. A outra foi confirmada recentemente pela Federação Internacional da modalidade (ICF, sigla em inglês), por meio da cota continental, na prova dos mil metros no K1 (caiaque para uma pessoa) Masculino. Os nomes têm de ser anunciados pela CBCa até junho.
“O nosso foco é Tóquio. A Copa do Mundo foi um laboratório para a equipe. Fazia dois anos que a equipe não competia, em virtude da pandemia [do novo coronavírus]. Foi importante dar aos atletas a sensação da competição novamente. Agora, temos uma avaliação de como estão os nossos atletas estão em relação aos principais adversários”, avaliou o técnico da seleção brasileira, Lauro César Júnior, em declaração ao site oficial da confederação.