Sob céu claro e diante da tropa de Fuzileiros Navais fardados com o tradicional e histórico “Garança”, ocorreu, nesta sexta-feira (14), a cerimônia de transmissão do cargo de Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (ComGerCFN). O Almirante de Esquadra (FN) Paulo Martino Zuccaro transmitiu o cargo ao Almirante de Esquadra (FN) Jorge Armando Nery Soares. O evento teve lugar no Pátio Almirante Maximiano do Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN), na Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro.
O Ministro da Defesa, Walter Souza Braga Netto, presidiu a solenidade, ao lado do Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos. Estiveram presentes também o Ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima de Albuquerque Júnior, e demais autoridades militares. A ocasião marcou também a despedida do Almirante Zuccaro do serviço ativo, após 46 anos de dedicação ao Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) e à Marinha do Brasil (MB).
Ele despediu-se do cargo com palavras de gratidão aos companheiros de jornada, que estiveram ao seu lado no dia a dia de labor na Marinha. E aconselhou os Fuzileiros Navais: “mantenham-se permanentemente prontos para defender os interesses da Nação, onde, como e quando necessário, sem jamais esquecerem de que: o ‘onde’ pode ser em outro continente, o ‘como’ poderá exigir que encarem com bravura altíssimos riscos à própria vida e o ‘quando’ pode ser agora, hoje, já”, destacou o Oficial-General.
Em seguida, o Almirante Zuccaro frisou as qualidades pessoais e profissionais do Almirante Armando, e, dirigindo-se a ele, assegurou: “passo-lhe o Comando-Geral seguro de que o período que hoje se inicia representará, simultaneamente, o coroamento de uma admirável carreira”.
O Comandante da Marinha agradeceu ao Almirante Zuccaro pelos esforços empreendidos e os resultados alcançados durante o período em que esteve à frente da centenária organização militar. O Almirante Garnier deu as boas-vindas ao novo Comandante-Geral, dizendo ter certeza “de que suas virtudes pessoais e profissionais garantirão a continuidade e o aprimoramento das atividades desenvolvidas pelo CFN”.
O Almirante Armando relembrou a amizade de longa data com seu antecessor, desejou êxito e realizações na nova fase que se inicia. Em seguida, sublinhou que hoje ele ingressa na “mais desafiadora travessia da carreira”, e estimulou os Fuzileiros Navais, chamando-os de combatentes anfíbios, a terem “a firme crença de que o seu trabalho é importante para a defesa da Nação, das instituições e para o bem-estar dos brasileiros”.
Após a tradicional salva com 17 tiros de canhão, por ocasião da substituição do pavilhão do Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais exonerado pelo pavilhão do empossado, o som que se sobressaiu foi da gaita de foles. O instrumento, tipicamente escocês, foi presente da rainha Elisabeth II para o USS Saint Louis, navio da Marinha americana incorporado à Força Naval Brasileira. Ao término da solenidade, a Banda Marcial do Corpo de Fuzileiros Naval entoou a canção “Na vanguarda”. Em seguida, a tropa de fuzileiros navais desfilou em continência ao novo Comandante-Geral, Almirante Armando.
Atividade desenvolvida pelo CGCFN
O Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (CGCFN) exerce a direção setorial das atividades do apoio específico à Marinha e às Unidades de Tropas de Fuzileiros Navais. Além disso, orienta o desenvolvimento doutrinário para contribuir com o preparo e o emprego desses militares.
Corpo de Fuzileiros Navais
O CFN é parte integrante da Marinha do Brasil. Esses militares desenvolvem trabalhos de caráter anfíbio, ou seja, atuam tanto em terra quanto no mar. Os primeiros militares desse componente da Marinha chegaram ao Brasil em 1808, junto com a Família Real. “ADSUMUS” é o lema deles, expressão em latim que significa “aqui estamos”, simbolizando a permanente prontidão dessa tropa a serviço do Estado brasileiro.