A paixão pela culinária do pindense Wagnão e uma receitinha especial de dadinho

Sou apaixonada por histórias de vida, aquelas histórias que nos inspiram e nos dão certeza que a vida tem seus altos e baixos, que não se resume a início e fim – mas sim, a uma jornada que vale a pena ser vivida da melhor maneira possível até o fim dos nossos dias.

Foi uma destas histórias que me levaram numa noite de outono até um acolhedor restaurante de Pindamonhangaba, embalada ao som do velho samba canção, montei meu “escritório” para ouvir o simpático Wagner José de Oliveira. Mais conhecido como Wagnão, um pindense de 41 anos, filho da Dona Lindalva e do Seu Paulo, sagitariano e apaixonado pelo que faz.

Ele conta que a primeira inspiração ligada à cozinha veio da avó materna Dona Herondina, moradora do bairro do Bosque da Princesa e que cozinhava no fogão à lenha, ele lembra dos antigos carnavais de “Pinda” onde os primos de fora vinham para a casa da avó curtir a temporada carnavalesca e a boa comida.

Seu primeiro contato direto na cozinha foi após o nascimento da sua irmã Valéria, a mãe precisava de alguém para ajudá-la e o ensinou a cozinhar.

Aos 10 anos de idade devido a dificuldades financeiras dos seus pais retornou para Pindamonhangaba onde morou com sua avó, que mais tarde veio a falecer, foi quando mudou-se para a casa da Tia Vanda (sua segunda inspiração) que era uma cozinheira de mão cheia; fazia quitutes e comidas para as festas da família. Morou com ela por 15 anos onde aprendeu muita coisa e pegou gosto pela culinária.

Mais tarde, casou-se com a Andreza com quem tem uma filha e um dia pensou: “agora tenho minha casa, posso praticar meus dotes culinários e também fazer um agrado pra esposa”. O gosto pela cozinha aflorou e foi fazendo alguns cursos livres voltados à gastronomia. Com o tempo começou a fazer alguns churrascos, almoços, jantares para amigos e alguns eventos corporativos. E assim foi ganhando destaque na cidade e a cada dia sua agenda ficava mais cheia.

Um dia teve que escolher entre ficar na fábrica onde tinha um salário fixo e benefícios, ou viver da sua paixão que era a gastronomia!

A escolha foi norteada por um sinal que pediu a Deus, e hoje toca com maestria seu restaurante servindo café da manhã e almoço durante o dia, e nas noites de quinta a sábado o ambiente vira um barzinho que foge do tradicional, com um menu diferenciado de petiscos, caipirinhas e chopp artesanal.

Em agosto de 2021, o restaurante completará dois anos e ele nos fala sobre o que lhe faz feliz – “cozinhar e viajar” – que tem preferência por fazer comidas regionais (mineira e paulista) e seu maior sonho é viver com dignidade da profissão que o escolheu!

Quando perguntei qual é a receita para o sucesso? Ele apenas abriu um sorriso confiante e disse: “Trabalho, disposição e muita fé”.

Bora aprender uma deliciosa receita que o Wagnão prepara em seu restaurante?