publicidade
𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Ressignificar: a vida pós-depressão na história de uma jovem de Pinda

Como encontrar o sentido da vida mesmo diante do sofrimento? É o que nos mostra a jovem universitária, Gabriela Silva

Gabriela de bem com a vida! (Foto: Allan Modesto/PortalR3)

O sofrimento faz parte da jornada humana. E quando ele não cessa e se torna cada vez mais intenso? Como buscar e encontrar o “milagre do amanhã” diariamente? Essa é a história da jovem de 23 anos, Gabriela Silva, que após episódios intensos e depressão buscou forças para reencontrar o sentido da vida.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que o Brasil é o segundo país americano com mais pessoas depressivas, cerca de 5,8% da população foram diagnosticadas com o transtorno mental. Uma pequena margem de inferioridade com os Estados Unidos que lidera a marca com 5,9%.

Mais do que estatística, a depressão é real e afetou também a vida de Gabriela há cerca de dois anos. Ela conta que se sentia desanimada, mas que à época foi diagnosticada com ansiedade, também transtorno psicológico. Apesar dos sintomas, ela lembra que neste mesmo período viveu “a melhor época da sua vida”, quando estudou na Etec João Gomes de Araújo e viu ali uma oportunidade de conhecer pessoas.

Entretanto, os sintomas foram agravando-se com o tempo e no último ano, Gabi, como é carinhosamente chamada por todos que a conhecem se viu “no fundo do poço” e que após um episódio mais intenso do transtorno, precisou ficar internada e contou com o apoio de amigos, familiares e enfermeiros para se recuperar.

“Eu preciso ir para cima”

Apesar da dor e do sofrimento que sentia e após o período que precisou de cuidados médicos na Santa Casa de Misericórdia, ela conta que “no fundo do poço” só havia uma opção: “ir pra cima”. Era o momento de reunir suas forças e encontrar meios de melhorar e encontrar o sentido da vida. Ela lembra que neste momento, a terapia foi imprescindível para buscar na dor um sentido.

Neste mesmo período, ela decidiu estudar psicologia, como forma de auxiliar tantos que assim como ela lidam com o transtorno depressivo. Bolsista 100% pelo Programa Universidade Para Todos, ela recorda que foi preciso fazer uma pausa devido a dificuldade de estudar durante a pandemia, mas que em breve deve retomar os estudos.

Apoio e criação da página

A jovem sabe que superar a depressão não é nada fácil. Por isso, há cerca de seis meses com o apoio de uma amiga criou a página: “Minha vida pós depressão”, no Instagram. Lá, ela conta suas experiências, indica livros e também posta seus poemas. Com centenas de seguidores ela planeja levar cada vez mais mensagens de estímulos. “Eu criei a página para ajudar as pessoas… Eu pensava: ‘se eu ajudar ao menos uma pessoa, já vou estar feliz’, e de repente várias pessoas começaram a conversar comigo e se abrirem. Falar faz bem”, comentou.

No perfil no Instagram, Gabi conta um pouco da sua rotina e história. (Foto: Allan Modesto/PortalR3)

Além da página nas redes sociais, Gabi encontrou também prazer e sentido em fazer bolos, lanches e doces para vender. A produção que começou tímida, se tornou um grande sucesso, especialmente, com a chegada do Dia dos Namorados.

𝑝𝘶𝑏𝘭𝑖𝘤𝑖𝘥𝑎𝘥𝑒

Superação

Ela sabe que mais do que vivenciar de perto a depressão, é preciso buscar apoio psicológico como tem feito no Caps (Centros de Atenção Psicossocial), além de receber o carinho dos seus pais Noel e Sidnéia e também dos irmãos: Anderson, Fernando, Vânia, Amanda e Rafaela. Sobretudo, hoje Gabriela vê a vida sobre um olhar mais otimista na certeza de que ninguém além dela pode ocupar seu lugar no mundo. Sendo, assim, o sentido encarnado de seu nome: “mulher forte de Deus”.

Precisa de ajuda psicológica?

  • Converse com alguém através do CVV (Centro de Valorização da Vida): https://www.cvv.org.br/quero-conversar/.
  • O Caps de Pindamonhangaba está localizado na rua José Luiz Cembranelli, 58-174 – Jardim Campo Alegre.

Botão Voltar ao topo