Bastante tradicional nas regiões do país onde há florestas de araucárias, a ‘Cata do Pinhão’ ganha importância ainda maior neste momento de crise financeira. Além de ampliar as possibilidades de geração de renda às famílias da zona rural, a iniciativa garante segurança alimentar a milhares de brasileiros.
No sul de Minas Gerais, a Companhia Melhoramentos mantém uma reserva ambiental de quase 80 milhões de metros quadrados, próximo a Monte Verde, onde a população se reúne durante o inverno para fazer a coleta dessas sementes. A empresa autoriza a entrada dos catadores de pinhão, acima de 18 anos, para uma ação de sustentável de manejo que constituiu uma simbiose plena e reciprocamente vantajosa.
Isso porque, a oferta de pinhões é tão grande que supera a demanda da fauna local e possibilita ainda o extrativismo sustentável, auxiliando o fortalecimento do ciclo das araucárias, bem como a regeneração da própria floresta.
Como funciona?
No período de queda e coleta do pinhão, as comunidades que vivem no entorno das fazendas da Melhoramentos são autorizadas a fazer a coleta dessas sementes para depois comercializá-las. Esse tipo de manejo permite conservar as araucárias e a floresta como um todo, além da própria manutenção do ecossistema natural. Também permite a realização de um trabalho de conscientização junto às famílias que se agregam à iniciativa, além de contribuir para a geração de renda.
Os catadores recebem informações sobre a importância da preservação do meio ambiente e da biodiversidade da área, que compreende 6.581,75 hectares de mata nativa e abriga rica variedade de espécies de animais, entre mamíferos, aves, peixes, répteis e anfíbios – além de mais de 695 nascentes d’água.
Para atuar no local, todos os coletores são cadastrados e recebem equipamentos de proteção individual. Além disso, são orientados de como proceder dentro da área, tanto do ponto de vista de sua segurança quanto do ponto de vista ambiental. Desde 2010, mais de 260 pessoas já participaram da iniciativa.
Segurança alimentar
Além de ampliar as possibilidades de geração de renda às famílias da zona rural, o projeto ganha ainda mais relevância neste momento de crise por estar associado à segurança alimentar. Rico em nutrientes, como fibras e amido resistente, o pinhão é fonte de proteínas e minerais essenciais como ferro, potássio, cálcio, magnésio, zinco e vitamina C. Em estados da região sul, onde há maior predominância, está presente nos planos de segurança alimentar de diversos municípios.
“A Melhoramentos têm consciência disso e, levando em conta principalmente este fator, decidiu estender a temporada de coleta até setembro, já que os efeitos da pandemia têm impactado fortemente as áreas rurais e interioranas”, destaca Karin Neves, Diretora Jurídica, de Sustentabilidade e Pessoas.
Estudos da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) projetam um aumento da pobreza em média de 5% em todo o continente, com maior incidência justamente nas áreas rurais. Entre os fatores que contribuem para esta situação está o fechamento de escolas, onde crianças muitas vezes recebem a única refeição diária de bom valor nutritivo, além de restrições que afetaram o comércio em feiras e outras atividades de venda direta.
Sobre a Melhoramentos
A Companhia Melhoramentos de São Paulo, é uma companhia de capital aberto que atua, diretamente ou através de suas controladas, nos segmentos Editorial, Cultivo e Manejo de Florestas, fabricação de Fibras de Alto Rendimento de Celulose e Desenvolvimento Imobiliário.
A Melhoramentos se posiciona como agente de transformação no mundo, realizando, empreendendo e sendo protagonista do futuro em seus negócios. Segue comprometida com o desenvolvimento sustentável do País, agregando valor aos seus produtos, serviços e empreendimentos.
Fundada há 130 anos, a Melhoramentos tem sua sede em São Paulo e unidades de produção nas cidades de Camanducaia (MG), Bragança Paulista (SP) e Caieiras (SP). Para mais informações, acesse: https://www.melhoramentos.com.br.