Não deu para Leonardo de Deus na final dos 200 m (metros) estilo borboleta da Olimpíada de Tóquio (Japão).
O nadador sul-mato-grossense terminou a prova de terça-feira (27), no Centro Aquático da capital japonesa, em sexto lugar, com o tempo de 1min55s19. A marca ficou 24 centésimos acima da estabelecida por ele na semifinal, quando o brasileiro fez o segundo melhor tempo.
A prova foi vencida pelo húngaro Kristof Milak, recordista mundial e principal favorito, com 1min51s25. A marca é o novo recorde olímpico, batendo em quase um segundo o índice que era do norte-americano Michel Phelps. O japonês Tomoru Honda levou a prata, com 1min53s73, enquanto o italiano Federico Burdisso foi bronze, com 1min54s45.
“É minha terceira Olimpíada. Uma das coisas que estava buscando, desde o início, era uma final olímpica. Entreguei meu melhor. Fui o sexto do mundo, fiz o melhor tempo da vida nas eliminatórias. Saio daqui de cabeça erguida. Muito feliz, satisfeito. A gente sempre quer medalhar, viver essa experiência, mas saio como vitorioso nos meus objetivos pessoais, sabendo que a gente pode entregar mais, fazer melhor. O que tinha para Tóquio foi feito, em um ano de pandemia, de dificuldade”, afirmou Léo de Deus após a prova.
O nadador da Unisanta, de Santos (SP), revelou também a saudade do filho Theo, de 11 meses. Por conta da preparação olímpica, o sul-mato-grossense pouco conseguiu aproveitar a companhia do pequeno.
“Ele olhava para mim e falava ‘mamá’. Em Sagamihara [cidade onde a seleção de natação fez a aclimatação antes de ir a Tóquio], escutei ele falar ‘papá’. Parece uma coisa besta, mas, puxa, é meu primeiro filho. Foi muito gostoso. Por outro lado, um pouco doído. A mãe perguntou a ele: ‘como você fala com o papai?’ E ele faz assim [simula um telefone]. Ou seja, com 11 meses ele entende que fala com o papai pelo telefone. São ossos do ofício. A gente sacrifica muita coisa. Mas valeu a pena, pois deixei meu melhor”, declarou o brasileiro de 30 anos.